segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Modernidade Líquida [REVISADO]


 Texto 1:
Modernidade e liquidez: o diagnóstico de uma época

Fonte 1: <https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/percsoc/article/viewFile/2344/2197>

Resumo 1: O texto inicia sobre a diferença da estrutura antiga social e moderna. A primeira estrutura é mais sólida e passa para uma fase mais líquida no sociedade atual. Tais estruturas são classificadas pelo processo social, econômico, político e cultural. Na antiga estrutura sólida encontramos um “seguro coletivo”, enquanto hoje há uma relação muito mais extraterritorial, individual e responsável. Na modernidade o indivíduo terá que contar principalmente com sua capacidade, e suas ações são cada vez mais passíveis de seleção social e econômica. Assim, a medida que o poder passar a pertencer cada vez mais ao indivíduo e não a um coletivo fixo.


Texto 1:
Para Bauman o momento presente pode ser caracterizado como a era da liquefação do projeto moderno, a modernidade líquida. Desde o século XIX, já com Marx e Engels, mas também com muitos outros pensadores, a modernidade era tida como um processo social, econômico, político e cultural amplo que ao longo de sua marcha histórica derretia todos os sólidos existentes. O grupo de parentesco, a comunidade tradicional fechada e isolada, os laços e obrigações sociais fundados na afetividade e na tradição, a religião, dentre outros, foram, de certa forma, “derretidos” pelo progresso moderno. Esse processo pode ser expresso na frase clássica de Marx, “tudo que é sólido se desmancha”. No entanto, o projeto moderno não se contentava em apenas derreter esses antigos sólidos que moldavam a vida humana desde milênios, a modernidade almejava acima de tudo o melhoramento, o progresso, a razão. Os sólidos que se derretiam eram ressignificados e reinseridos, depurados de seus antigos elementos de superstição e irracionalidades, na nova ordem social moderna. A modernidade pode ser então pensada como um processo de destruição criativa que desenraizava o velho para reenraizá-lo de outra forma. O momento atual da modernidade é caracterizado justamente pela dissolução das forças ordenadoras que permitiam ativamente reenraizar e reencaixar os antigos sólidos em novas formas sociais modernas. Os padrões sociais de referência que balizavam a ordem social da modernidade tornaram-se liquefeitos, a classe, o Estado-nação, a cidadania, juntamente com a livre expansão global das forças de mercado e o retrocesso da veia totalitária da ordem moderna libertaram os indivíduos de seus grilhões atados a uma ordem rígida.e.racional-instrumental..Conforme,Bauman:

O “derretimento dos sólidos”, traço permanente da modernidade, adquiriu, portanto, um novo sentido, e, mais que tudo, foi redirecionado a um novo alvo, e um dos principais efeitos desse redirecionamento foi a dissolução das forças que poderiam ter mantido a questão da ordem e do sistema na agenda política. Os sólidos que estão para ser lançados no cadinho e os que estão derretendo neste momento, o momento da modernidade fluida, são os elos que entrelaçam as escolhas individuais em projetos e ações coletivas – os padrões de comunicação e coordenação entre as políticas de vida conduzidas individualmente, de um lado, e as ações políticas de coletividades humanas, de outro.
Para Bauman a modernidade entrou numa fase aguda de privatização e individualização que desvinculou os poderes de derretimentos dos sólidos da tradição de seu reenraizamento na ordem moderna, e, dessa forma, possibilitou uma cisão entre a construção individual da vida, a “política-vida” e a construção política da sociedade. O fenômeno mais aparente dessa desvinculação é o processo de desregulamentação política, social e econômica que se manifesta na expansão livre dos mercados mundiais, no desengajamento coletivo e esvaziamento do espaço público. Na modernidade líquida os indivíduos não possuem mais padrões de referência, nem códigos sociais e culturais que lhes possibilitassem, ao mesmo tempo, construir sua vida e se inserir dentro das condições de classe e cidadão. Chega-se no entender de Bauman a era da comparabilidade universal, onde os indivíduos não possuem mais lugares préestabelecidos no mundo onde poderiam se situar, mas devem lutar livremente por sua própria conta e risco para se inserir numa sociedade cada vez mais seletiva econômica e socialmente.
O poder na era da liquidez não é mais aquele que se materializava na disciplina da fábrica fordista, na torre de controle panóptica, na administração pública. O poder agora é extraterritorial, o seu objetivo não é mais impor à sociedade um ordenamento rígido, mas simplesmente, através de uma aceleração compulsiva do tempo e do domínio total do espaço, expor todos os lugares do planeta à livre ação da globalização econômica do mercado capitalista. A elite global não tem mais o interesse de governar a partir de um território, pois ela é cada vez mais desterritorializada e inacessível, vivendo em fortalezas fortificadas por sistemas de segurança high-tech, as quais são meras paragens de sua contínua mobilidade espacial. Os indivíduos comuns, a massa de pessoas que compõem o restante da sociedade, são submetidos a um Estado ordenador total na modernidade sólida. Eles poderiam ter a liberdade de construir suas vidas individualmente, mas os parâmetros sociais estavam dados, essa construção somente poderia ser feita a partir deles. No momento da modernidade líquida, os indivíduos foram justamente “condenados” a serem livres. A segurança da ordem social, dada na modernidade sólida, que poderia garantir um “seguro coletivo contra os infortúnios individuais” se liquefez jogando aos indivíduos a solitária responsabilidade pelos seus problemas. A insegurança em relação ao futuro decorre justamente do fato de que o poder moderno não é mais público (voltado para manutenção e segurança do mundo público), mas é privatizado, contingente e, para os indivíduos, fugaz.

Imagem 1:

Imagem: Nessa imagem há a correlação entre a evolução do ser humano com o conceito da modernidade líquida. Podemos perceber que a estrutura mais rígida e curvada a esquerda se contrapõe com a evolução e dissolução do individuo a esquerda.

Vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?v=HbW1HwAYtUc

Comentário: O texto abrangeu o conceito de liberdade social na era moderna. Concordamos com a parte de responsabilidade nas esferas sociais, econômicas e culturais, mas a maior há discordância no âmbito de seleção. Isso por que na antiga esfera sólida a seleção era ainda mais rígida, só que menos impactante na vida do homem. Era mais difícil ter a oportunidade de seleção, mas não que o sistema era menos seleto.
Sobre a modernidade, é interessante a se pensar em como as ações dos indivíduos não apenas afetam, mas criam um coletivo. Um coletivo extremamente variável, volátil e dinâmico. E devemos pensar em como a sociedade, econômica, política e cultural irá se adaptar a essas novas mudanças.


Texto 2:
A mídia como meio e como instituição na hipermodernidade e na modernidade líquida

Resumo 2: O texto seguinte irá abordar a forte correlação positiva da mídia com o homem pós-moderno. Na sociedade pós-moderna há a hiperinformalização, a banalização das atividades cotidianas, ausência de filtros informacionais, falta de profundidade e passíveis de persuasão e sobrecarregamento. Ainda salienta-se o grande poder da mídia em estabelecer ou promover frentes políticas, ideológias e financeiras. Assim, as ações do consumir acabam se tornando previsíveis e com um aspecto passivo nas mudanças da sociedade.

Texto 2:

A modernidade superlativa também abraça a sociedade da informação. Nos tempos em que experimentamos uma era plenamente informatizada, comunicacional, também consumimos informações – da mesma forma que consumimos bens materiais – o dia todo, em todo local, seja através das mídias presentes no ciberespaço ou através das “materializadas”, como jornais e revistas. Esse fluxo, vertiginoso e violento, impresso na sociedade hiperinformatizada, corrobora a amnésia abordada por Eco (2011), uma desmemorização, quando ele afirma que informação demais faz mal, que o próprio conhecimento implica em selecionar, em filtrar esses conteúdos, coisas que o homem hipermoderno não costuma fazer, tanto pelo falta de tempo como pela vontade de consumir mais informações, em vez de aprofundá-las e processá-las. Esse sobrecarregamento da memória do indivíduo pelo excesso de informações deslegitima o valor do pensamento social que as tecnologias da informação podem proporcionar. Em uma sociedade de excessos de informação, peca-se justamente pelo excesso, hiper. Em vez de contribuir dando pluralidade e fácil acesso aos conteúdos, o contexto informacional, cujo canal privilegiado são os espaços midiáticos, pode provocar um esvaziamento, um vazio paradoxal.
Para Bauman (2001) e Lipovetsky (2004), ainda enquanto meio transmissor de conteúdo simbólico, a mídia contribuiu, ao longo das décadas, para difundir os valores característicos de cada uma das realidades sociais com as quais esteve imbricada, expressando-as e simultaneamente transformando-se com elas. Assim, com a modernidade líquida e a hipermodernidade, os espaços e canais midiáticos também transformaram-se, tanto pela necessidade de continuar ocupando seu espaço e exercendo seu poder de influências enquanto empresa de comunicação quanto pela impossibilidade de desligar-se dos padrões culturais dominantes desta sociedade, uma vez que canais e conteúdos são administrados e produzidos pelos sujeitos sociais e, portanto, só podem expressar seu modo de viver e de compreender o mundo ao seu redor.
A sociedade da informação mobiliza-se por meio de um fluxo incessante, ela flui, está em constante movimento, superando as barreiras físicas através do ciberespaço. Sobre os valores que essas informações propagam, eles são da mesma qualidade que essa fluidez temporal exige: efêmeros, superficiais, libertários, fúteis, desapegados.
Ambos os teóricos estudam, nas obras referenciais desta pesquisa, uma mudança na noção do indivíduo sobre temporalidade. Eles concordam que vivemos em uma intensa produção do presente, mas estamos constantemente reciclando o passado, que apresenta-se sob forma de espetáculo, de consumo e lazer. Os objetos da história perdem seu valor simbólico de historicidade quando passam a ser sorvidos pela sociedade como objetos de consumo, como distração, lazer, como espetáculo, particularmente por meio do discurso midiático. Aliás, a própria mídia é parte do espetáculo, ao mesmo tempo em que o difunde. Bauman também atenta, ao falar de mídia, sobre o “espetáculo da sinceridade” que os programas de entrevistas promovem ao suscitarem a espetacularização das subjetividades, quando as expõem na televisão para consumo coletivo, seja pela sensação de pertencimento ou de exemplo a ser seguido pelos telespectadores. Isso acontece no momento em que o privado coloniza o público, em que as individualidades prevalecem sobre o coletivo, fenômeno característico da era atual.
Tanto Lipovetsky como Bauman dão ênfase à mídia enquanto meio, mesmo que não façam essa distinção de abordagens (meio versus instituição). Isso porque eles parecem observar na mídia a qualidade de transmissora de discursos culturais. Nesse processo, ao mesmo tempo em que ela se adapta às transformações, alimenta o sistema. Entretanto, ambos também abordam rapidamente a mídia como instituição, formadora da opinião pública, alastrando discursos impregnados de interesses da corporação midiática, sejam eles políticos, ideológicos ou financeiros. Mas nenhum dos autores se debruça a aprofundar esse pensamento sobre a mídia como quarto poder/quarto bios, algo que, como já observado nesta análise comparada, é possível relacionar. Sob essa perspectiva, a manipulação da sociedade por parte da mídia é vista por Galeano quando a mídia encontra (ou o produz, pela repetição) um público fiel, sem senso crítico: uma óptica apocalíptica. E então, essa mídia, para o autor, passa a exercer livremente seu poder, diante de indivíduos inertes, um “consumidor dócil, espectador passivo”

Imagem 2:



Nessa imagem há exatamente o perfil do homem pós-moderno descrito no artigo. Temos um jovem, antenado com as ferramentas tecnológicas de informação, que pensa que possui um enorme conhecimento ao seu redor e, assim, assume uma postura de confiança, vista pela maneira de cruzar os braços. Esse jovem não possui o pensar crítico em suas ações e acaba apenas por ser um consumidor e também um meio de repassar as posições ideológicas divulgadas pela cultura midiática.
Comentário: Nesse artigos percebemos um aspecto mais pessimista em relação a “pós-modernidade”. Concordamos com o fluxo de hiperinformação enfrentado atualmente, mas gostaríamos de acrescentar em como as informações conseguem se tornarem repetitivas sem que percebemos. Isso ocorre ao adaptarmos nossa rotina com a mesma central midiática, fornecendo um padrão de informações de possível interesse. Assim, além de possuirmos atualmente uma imensa quantidade informacional, também estamos presos a marginalização dessas.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=Ksc5GWkdmUE

Texto 3:
Os “Memes” e o Agendamento Coletivo dos Produtos midiáticos pós-modernidade.


Resumo 3: O texto seguinte trata do fenômeno dos “Memes” no âmbito da comunicação artística. Uma característica da era digital pós-moderna é a expressão artística transmitida de forma individual, vaga, informal, passiva e libertadora. A mídia adentra a essa nova forma de expressão na medida que se torna passível de terem suas ideologias transmitidas, seja por ela mesma ou por algum outro indíviduo, nesse novo meio de comunicação.
Texto:
No cenário em que abordar “comunicação de massa” não define os processos culturais da comunicação participativa, em especial na pós-modernidade, é que surgem figuras de manifestações populares identificadas como “memes”, os quais são recorrentemente replicados pela mídia. Esses objetos eclodem na internet, sendo potencialmente propagados pelos usuários (multiplicando-os intensamente por meio das redes sociais), passando a tomar efeitos “virais”, que chegam a impactar inclusive a construção dos noticiosos. Diante da aparição dos fenômenos em tela, insurge a possibilidade do “fazer mídia” por qualquer indivíduo a partir do acesso às redes de informação, ainda que seja alguém sem qualquer vínculo com as empresas de comunicação.
Entretanto, não há como abster a existência de restrições no acesso às redes, relacionadas principalmente a duas condições: a falta de domínio da técnica dos novos meios de comunicação e a disparidade econômica que inviabiliza a aquisição dos equipamentos para seu usufruto por parte da população. Portanto, a menção sobre “qualquer indivíduo” levantada anteriormente relaciona-se à possibilidade de acesso – ou seja, à viabilidade diante dos recursos disponíveis – que torna essa inserção praticável. Como Dizard Jr. (2000, p. 27) bem elucida, “usar a Internet continua sendo desanimador para muitas pessoas”, diante dessas implicações. Contudo, já existem progressos na facilitação do seu uso – os quais vêm tornando o sistema de distribuição de informação mais exequível – e também incentivos governamentais por meio de diversos programas de inclusão digital.
Ressaltadas essas condições, há que se considerar a existência de uma “cultura de mídias”, como apregoa Santaella (1996), acentuando que a proposta da cultura de comunicação de massa – sobre a qual haveria um meio de produção detentor de poder político sobre uma minoria desprestigiada – destoaria da prática vigente, já que se percebe o surgimento das novas mídias, as quais evidenciam uma forma de comunicação com fluxos mais interativos e bidirecionados de transferência de dados.
Dá-se a compreender que a própria mídia tradicional tem se curvado à participação popular, anteriormente desprivilegiada, para a construção dos feitos noticiosos. Dessa forma, a proposta clássica acerca do agendamento – em que haveria uma força da mídia tradicional sobre as agenda públicas, tanto nas discussões políticas, quanto sociais e culturais – não vem a explicar de maneira apropriada os acontecimentos experimentados. Essa doutrina, fundamentalmente, tratava de analisar os impactos da influência da mídia sobre as pautas públicas, tendo sido fundada por Maxwell McCombs, Don Shaw e David Weaver. Ocorre que a base da Teoria da Agenda, ou Agenda Setting, está ligada aos estudos sobre os veículos de comunicação de massa. Desse modo, dadas as discussões levantadas, que colocam em cheque a noção de “massa” a despeito principalmente do formato dos meios de comunicação novos, torna-se imprescindível reconfigurar a teoria para encaixar a ideia das produções midiáticas recentes, as quais envolvem a proposta do agendamento mútuo.
De acordo com McCombs (2009), a teoria se alicerça na proposição de que são os meios de comunicação que estabelecem a agenda pública, não necessariamente apontando como pensar, mas sobre o que pensar. Entretanto, a modernização dos veículos de comunicação tem conduzido a não diferenciação entre autores e consumidores da produção das mídias, desmistificando a “unilateralidade” apregoada na relação dos veículos de “massa”. Existe, portanto, uma comunicação multilateralizada, entrelaçando os dados dos emissores e dos receptores. Isso faz com que não necessariamente a pauta pública na atualidade seja eminentemente conduzida pelo agendamento da mídia.
McCombs (2009) observa ainda que, dentro do contexto da propagação cultural da humanidade, estão diversas agendas culturais, como as de entidades educacionais e religiosas, que permitem uma formação histórica através da memória coletiva, sendo essa uma das grandes importâncias do agendamento de forma geral. O autor analisa diversas fases do agendamento, propondo novas versões a esse campo teórico, o que leva à possibilidade de se aprofundar no tratamento do agendamento dos públicos, proposto por este artigo.
Ora, se a origem da informação parte dos meios convencionais para a suposta “massa”, esta também origina as discussões compartilhadas em rede, a exemplo do que vem ocorrendo com o desenvolvimento dos enredos nas mídias sociais em ebulição no momento, os “memes” – os quais eclodem insistentemente como sons, imagens ou vídeos, satirizando em geral os mais variados acontecimentos do dia a dia. Estes objetos têm ensejado grandes destaques na mídia, e a velocidade com que isso se dá é indiscutivelmente cada vez mais próxima do instantâneo.
Comentário: Esse texto toma a reviravolta do conceito de arte na sociedade pós-moderna. O vazio pós-moderno, constituído apenas pela ideia, sem planejamento, estrutura ou evolução. A arte pós-moderna é uma incerteza individual com baixa profundidade e imediata. Nela encontramos os traços de uma sociedade que busca a constante liberdade.
Imagem:


Essa imagem retrata o quanto a “arte individual” da era pós-moderna é fortemente relacionada com os meios de comunicação digitais. Apesar de o indivíduo ter a liberdade de expressão transmitida de maneira exponencial e rápida, elas também são vagas, manipuladoras e pouco contextuais.
Vídeo:

É o conjunto de relações e instituições, além de sua lógica de operações, que se impõe e que dão base para a contemporaneidade. É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança. É nesta época que toda a fixidez e todos os referenciais morais da época anterior, denominada pelo autor como modernidade sólida, são retiradas de palco para dar espaço à lógica do agora, do consumo, do gozo e da artificialidade.
Modernidade líquida é pós-modernidade?

Não! Este é um ponto importante: o conceito de modernidade líquida, fruto da análise de Bauman, não é um conceito análogo ao de pós-modernidade. Na verdade, é um conceito crítico.
“O líquido é mais do que frágil. A relação líquida não é uma escolha entre ambas as partes que, coincidentemente, é uma escolha pela dificuldade em firmar laços profundos. É uma relação que emerge em um conjunto de instituições, regras, lutas e sistemas simbólico, político e econômico definidos em uma estrutura social particular”.

Perguntas:

4. Caracterizem: pós moderno; cibercultura; redes sociais; ética e liderança, sociedade civil globalizada e voluntário.

- Pós moderno:
condição sócio-cultural e estética dominante no capitalismo após a queda do Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética e a crise das ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX, com a dissolução da referência à razão como uma garantia de possibilidade de compreensão do mundo através de esquemas totalizantes
- Cibercultura:
estudo de vários fenômenos sociais associados à internet e outras novas formas de comunicação em rede, como as comunidades on-line, jogos de multi-usuários, jogos sociais, mídias sociais, realidade aumentada, mensagens de texto,e inclui questões relacionadas à identidade, privacidade e formação de rede.
- Redes Sociais:
É uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que compartilham valores e objetivos comuns. Uma das fundamentais características na definição das redes é a sua abertura, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes. "Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente.
- Ética:
Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo esp. a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.
- Liderança:
Condução de um grupo de pessoas, transformando-o numa equipe que gera resultados. É a habilidade de motivar, e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização.
- Sociedade Civil:
Expressão que indica o conjunto de organizações e instituições cívicas voluntárias que constituem os alicerces de uma sociedade em funcionamento, em oposição com estruturas que são ajudadas pelo Estado.
- Voluntário:
Indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões e no seu tempo livre, a desenvolver acções de voluntariado em prol dos indivíduos, famílias e comunidade.

5. Com o novo paradigma (holismo) o que muda no papel e atuação do engenheiro químico?
Um olhar mais humano,baseado em como a análise irá afetar um coletivo, uma sociedade e não apenas o homem. O engenheiro químico deve estar apto a avaliar e mensurar os problemas da comunidade em que irá implementar suas pesquisas, e não apenas o processo químico.

6. Em que consiste a ciência e as novas tecnologias da informação e comunicação (tic’s) e quais são seus impactos na socidade contemporânea (pós-moderna)?
conjunto de recursos tecnológicos que, se estiverem integrados entre si, podem proporcionar a automação e ou a comunicação de vários tipos de processos existentes nos negócios, no ensino e na pesquisa científica, na área bancária e financeira, etc. ...
Os TIC’S proporcionam um conhecimento pessoal do indivíduo, assim a informação do indivíduo e suas preferências são coletadas e direcinadas a oferecer produtos e realizações pessoas, mesmo sem a própria pessoal ter controle consciente de suas ações e desejos.

7. Relativismo, ausência de posicionamento crítico social, aceitação a-crítica de experiências contemporâneas podem levar ao risco da destruição da ordem e a consequente destruição do tecido social? Caminhamos para o caos?
Sim, a falta de padronizar determinados comportamentos e ações pode levar a uma sociedade sem respeito a ética. Sem o reconhecimento do outro indivíduo como pessoa não é possível organizar uma sociedade harmoniosa e altruísta, mas sim uma individualista, competitiva e traiçoeira.

Referências:

BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
CAMPANHA na web pede que alemão Podolski fique no Brasil. Estadão: 2014.
DAWKINS, Richard. O gene egoísta. São Paulo: EdUSP, 1979.
JAMESON, Fredric. O pós-modernismo e a sociedade de consumo. In: KAPLAN, E.
Ann (org.). O mal-estar no pós-modernismo: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1993.
JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.
ROSNAY, Joel de. O salto do milênio. In: MARTINS, Francisco Menezes; SILVA,
Juremir Machado da (Orgs.). Para navegar no século XXI: tecnologias do imaginário
e cibercultura. Porto Alegre: Sulina/Edipucrs, 2003.

Equipe:
João Pedro Giancoli (9268388)
Pedro Arroyo da Cruz (4182151)
Marcos Marques (9268429)
Laís Helena Antonio Roupinha (7550806)
Caio Fernando Martins (9269712)
Oscar Pedreira Kerner Neto (7549485)
Giovana Assalis Pedroso (9772982)

Nenhum comentário:

Postar um comentário