1. Seleção de três artigos e seus respectivos resumos.
1.1 Resenha do artigo “Globalização: características mais importantes”, Maria Inês Ramos Abílio
Link: http://www.fsma.edu.br/visoes/ed03/3ed_artigo1.pdf
O artigo em questão tem como objetivo introduzir o conceito de Globalização, apresentando seus argumentos prós e contras, baseando-se em seus teóricos mais relevantes. Para muitos deles, esse fenômeno foi algo recente, ao longo das últimas duas ou três décadas, caracterizando-se por ser um processo revolucionário com grande impacto social.
1.1 Resenha do artigo “Globalização: características mais importantes”, Maria Inês Ramos Abílio
Link: http://www.fsma.edu.br/visoes/ed03/3ed_artigo1.pdf
O artigo em questão tem como objetivo introduzir o conceito de Globalização, apresentando seus argumentos prós e contras, baseando-se em seus teóricos mais relevantes. Para muitos deles, esse fenômeno foi algo recente, ao longo das últimas duas ou três décadas, caracterizando-se por ser um processo revolucionário com grande impacto social.
Globalização, segundo MARTÍNEZ, SALAS y MÁRQUEZ (1997), é uma nova fase do desenvolvimento capitalista, cujas características básicas são a desregulamentação dos mercados, processos trabalhistas e força de trabalho, a privatização das economias, com base em mudanças tecnológicas voltadas para o uso da microeletrônica e da utilização generalizada de novo tecnologias, tais como robótica, automatização, informática, biotecnologia e biogenética.
Um autor de grande influêcia nesse assunto é Manuel de Castells, que aponta diversos fatos históricos que têm transformado a paisagem social da humanidade. Entre estes acontecimentos ele cita a revolução tecnológica ocorrida na década de setenta, em torno das tecnologias de informação, telecomunicação e transporte; interdependência entre as economias globais; desestruturação do bloco soviético, alterando as políticas econômicas das nações socialistas, pondo fim à Guerra Fria e levando a uma reestruturação profunda do modelo capitalista.
Essa reestruturação do capital, a partir da década de 1980, teve como principais características: enfraquecimento do movimento sindical; relações de trabalho cada vez mais diversificadas e individualistas; maior flexibilidade na gestão; incorporação em massa das mulheres no trabalho remunerado, mesmo que em condições discriminatórias; intervenção estatal para controle da economia; intensificação da concorrência econômica global.
De acordo com Amartya Sen (2001), a globalização foi um processo que durante milhões de anos contribuiu para o progresso do mundo, não sendo necessariamente ocidental. Tal contribuição se aplica às viagens, imigração, comércio, disseminação de cultura e conhecimento. Ainda nessa linha de pensamento, Octavio Ianni (2002) defende que a “fábrica global” supera fronteiras, articulando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do trabalho social e outras forças produtivas que, acompanhadas pela mídia e publicidade de diversas formas, agilizam os mercados e generalizam o consumismo. Provocam a desterritorialização e reterritorialização das coisas, gentes e ideias, promovendo o redimensionamento de espaços e tempos.
Ademais, segundo Castells (2002), o poder de transformação da globalização tem características marcantes, como a integração do mundo em redes globais, gerando um vasto desdobramento de comunidades virtuais; surgimento de novas formas de relações econômicas em um sistema variável, devido à capacidade de funcionarem em tempo real; transformação da busca da identidade coletiva ou individual na fonte fundamental de siginificado social; caracterização das primeiras etapas históricas das sociedades informatizadas pela pré-eminência da identidade como princípio organizativo; desestruturação das organizações; deslegitimação das instituições; desaparecimento dos principais movimentos sociais, que na segunda década do século XXI ganharam força novamente; expressões culturais passageiras.
Como outras características desse sistema, é possível citar o importante papel do Estado na relação entre tecnologia e sociedade, pois dirige a inovação tecnológica; o domínio ou não das inovações tecnológicas definindo o destino de uma sociedade; entendimento do mundo como multicultural e interdependente; administração das atividades entrecruzadas das redes empresariais em torno de centros de comando e controle; novo espaço industrial que se organiza em torno de fluxos de informação, devido ao surgimento da fabricação de alta tecnologia baseada na microeletrônica assistida por computador, marcando o advento de uma nova lógica de localização industrial; grande impactação espacial e também social, provocando um aumento do trabalho a distância, do trabalho autônomo e alternativo, uma piora no transporte urbano, o crescimento do comércio on-line e utilização de tecnologia de ponta na medicina; surgimento de uma nova forma de organização global, na qual as megacidades concentram o poder mundial e articulam a economia global; constituição da sociedade atual em torno de fluxos: fluxos de capital, de informação, de tecnologia, de pessoas, entre outros.
No entanto, Amartya Sen (2001) evidencia que a globalização contribuiu para a opressão dos países pobres pelos desenvolvidos; para a maior preocupação com as relações de mercado em detrimento da democracia, da educação elementar e das oportunidades sociais às camadas economicamente desfavorecidas. Além disso, há o conflito permanente entre aqueles que defendem a integração global e os que são a favor da manutenção das fronteiras Estado-nação.
De acordo com James Petras (2002), o neoliberalismo teve origens sociais e políticas, fundamentando-se na articulação do poder capitalista exportador e financeiro sob o controle do Estado, que atua em um cenário de mercado, trazendo como consequências políticas o crescimento dos governos neoautoritários junto com a corrupção do processo eleitoral e das disputadas eleições; implementação das políticas de choque para evitar rebeliões populares; crescimento da ação direta extra-parlamentarista e enfraquecimento do processo tradicional de negociação coletiva dos sindicatos urbanos.
Desse modo, é possível inferir que a globalização é um fenômeno que ocorreu ao longo de toda humanidade, através da comunicação entre indivíduos de diferentes localizações, mas que se intensificou nas últimas décadas com o advento das tecnologias de ponta, capazes de interligar a política, economia e as pessoas em todo o mundo, formando uma espécie de “aldeia global”. Este fenômeno trouxe inúmeras transformações para a vida social da humanidade, levando a grandes discussões a respeito de seus aspectos positivos e negativos e suas consequências nas mais diversas esferas.
1.2 Resenha do artigo “Efeitos culturais da globalização”, Prof. Antonio Inácio Andrioli
Link: http://www.espacoacademico.com.br/026/26andrioli.htm
Existem diversas suposições a respeito da globalização. Acredita-se que é uma discussão da moda que visa a homogeneização. Ou mesmo que é um conjunto de ideias querendo paz mundial, uma economia mundial e, consequentemente a unificação de modelos de consumo e massificação cultural. Mas afinal, quais os efeitos culturais da globalização?
O desejo de uma unificação econômica mundial está presente na humanidade desde o período colonial. Por outro lado, uma integração cultural, já há muito desejada, é algo ainda distante. Desse modo, a globalização pareceria ter duplo sentido se não fosse desenvolvimento neoliberal da política internacional.
De acordo com o sociólogo Ulricj Beck, A globalização visa a subjugação e a ligação transversal dos estados nacionais e sua soberania através dos atores transnacionais, suas oportunidades de mercado, orientações, identidades e redes. Por isso a críticos e defensores da globalização. Tratam-se da prepotência e da mundialização de capital que exclui ( Ásia, África e América latina) a maior parte da população mundial.
Essa forma de globalização significa a predominância da economia de mercado e do mercado livre, o que diminui ação do estado e aprofundar a divisão internacional do trabalho. As condições para desenvolvimento da globalização foram a interconexão mundial dos meios de comunicação e a equiparação da oferta de mercadorias. A concentração de capital, a desigualdade social e a pobreza são os principais problemas da globalização neoliberal.
Isso tem efeitos sobre a cultura da humanidade. Em países pobres há uma conformidade e consequentemente a luta para a manutenção do lugar de trabalho e a responsabilização dos pobres pela própria pobreza. E em países industrializados há o extremismo de direita, a xenofobia e a crescente "cultura da violência".
Com o desenvolvimento de mais meios de comunicação, presenciamos o crescente isolamento dos indivíduos. Ao invés da integração, há a exclusão. O engajamento político ocorre com movimentos isolados que deveriam unificar as lutas num projeto social coletivo. "A verdade em si não existe, a maioria a defini".
Na educação, há a supervalorização do conhecimento técnico e consequentemente a reflexão de problemas sociais assume cada vez menos importância. O foco no bem-estar do indivíduo é difundido entre os jovens. E os excluídos, sem perspectiva, têm cada vez menos espaço na sociedade voltada para consumidores.
Por outro lado há reações contra essa tendência. "Pensar globalmente e agir localmente" alterou a visão de mundo e os limites de tempo e espaço. Para além de diferenças étnicas, religiosas e linguísticas, pode-se falar de uma nova divisão de mundo. Se essas mudanças causarão fragmentação ou homogeneização, ainda não se sabe, mas a possibilidade de uma crescente desumanização é muito grande.
1.3 Resenha do artigo “A educação no contexto da globalização”, Prof. Elian Alabi Lucci
Link: http://www.hottopos.com/mirandum/globali.htm
Resumo do estudo do curso de Pós-Graduação da FEUSP: "A educação para as virtudes na tradição ocidental".
A globalização econômica é um processo em que ocorrem avanços e retrocessos durante intervalos que podem durar séculos, chamado um processo que ocorre em ondas, portanto.
A primeira globalização seria a ascensão do Império Romano e, com sua queda ocorreu uma feudalização política e comercial, encerrando-se assim a primeira onda de globalização.
A segunda globalização se deu na era dos descobrimentos marítimos, nos séculos XIV e XV. Havia o comércio com o Oriente, apesar das guerras religiosas e sucessões de tronos das monarquias europeias interrompendo esse comércio, foi um período em que se concretizou a globalização da economia. O Arcebispo de Florença, S. Antônio na sua Suma Teológica, propôs uma economia moderna concebida globalmente com o objetivo de promover a justiça social. A economia social de mercado, defendida pela China hoje, teve origem nas tentativas de Antonino de promover regulações de caráter ético, quanto aos preços em economia.
A terceira globalização, então, seria mais recente, no século XIX, com o final das guerras napoleônicas. Neste século, o liberalismo passou a substituir o mercantilismo e a democracia tomou espaço. Mas essa fase sofre uma interrupção com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
A quarta e atual globalização ocorre depois da Segunda Guerra Mundial e há uma aceleração com o colapso do socialismo (1989-1991). É caracterizada pelo surgimento de organizações internacionais, formação de blocos regionais, expansão de empresas multinacionais, crescimento do comércio internacional e interligação dos mercados financeiros graças à telemática.
O colapso do socialismo aumentou a abertura comercial de muitos países e os investimentos na Europa Oriental. Tanto o liberalismo como o marxismo são criações do ocidente e o marxismo de países asiáticos tem características próprias. O diretor do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade de Harvard diz que os futuros conflitos não serão mais entre sistemas socioeconômicos, mas entre civilizações.
Com a revolução nas comunicações, avanço nos meios de transporte, o atual processo de globalização se tornou mais rápido e abrangente, envolvendo comércio, produção, capitais, serviços, arte, educação, etc. Esse processo tem gerado apreensão.
O conceito de “Just in Time” japonês contribuiu com a fase atual da globalização no que se diz respeito à produção industrial. Começaram a surgir novos conceitos como “downsizing”, terceirização qualidade total e a reengenharia, que trouxe alterações na atividade industrial acelerando o processo de desemprego em massa nos países industriais e nos emergentes.
A importância da Educação
Com a quarta globalização, a educação é tida como o maior recurso para enfrentar a nova estruturação do mundo. Na então era pós-industrial há um declínio do emprego industrial e há multiplicação de ocupações em serviços.
Há uma atual credibilidade de que no século XXI, a principal atividade "industrial" será o turismo. Com a redução das jornadas de trabalho na maior parte do mundo industrializado e a idade avançada de seus habitantes as pessoas farão mais viagens e irão em busca de mais entretenimento. A arte também, nesse processo de mudanças, passará a ter um papel mais importante.
Assim, o homem "global" terá que estudar durante toda a vida para se manter atualizado e membro da sociedade do conhecimento.
As mudanças na educação serão, além do enfoque em ciências sociais, trabalho com a informalidade do ponto de vista da pedagogia social, com a pedagogia da alegria e da positividade. Um dos caminhos para a informalidade do ensino é o lúdico.
O lúdico pode ser considerado um "material auxiliar expressivo", faz parte da terapêutica para a cura de muitos males do ensino, pois "o homem é um ser que esquece", como dizem o poeta grego Píndaro (500 anos a.C.) e São Tomás de Aquino (século XIII). Assim, ele precisa ser constantemente lembrado, principalmente do essencial.
2. Relação de imagens e vídeos com o tema proposto e apresentação de um comentário. 2.1
2.2
A imagem faz uma referência à Conferência de Berlim, ocorrida entre 1884 e 1885, dando início ao que ficou conhecido como “Partilha da África”. Tal divisão designou territórios do continente africano às potências da época: Grã-Bretanha, França, Espanha, Itália, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos, Suécia, Austria-Hungria, Império Otomano, Portugal e Alemanha. Essa divisão não levou em consideração os aspectos étnicos e culturais dos povos africanos, fazendo com que tribos fossem divididas e ocasionando uma intensa disputa por territórios, sendo este um fator agravante para a situação precária atual do continente africano. Outro fator agravante foi a intensa exploração dos africanos e dos recursos naturais da África. Esta partilha também provocou divergências entre as potências imperialistas, constituindo-se em uma das principais causas para as grandes guerras mundiais, que afetariam toda a história da humanidade.
2.3
A charge apresenta uma crítica ao processo de globalização e consequente desigualdade entre as diversas nações do globo. No geral, observa-se que o fenômeno de rompimento das fronteiras e aproximação entre diferentes países e culturas, defendido por muitos, acabou ampliando ainda mais as diferenças entre eles. As “vantagens” apontadas pela professora podem ser entendidas como uma crítica irônica à Divisão Internacional do Trabalho, na qual os países do hemisfério norte, em geral desenvolvidos, exercem grande soberania sobre as nações do hemisfério sul que são subdesenvolvidas, dominando a produção, inserindo novas tecnologias e necessidades de consumo e explorando o mercado e os recursos desses países desfavorecidos
2.4 Vídeo “ANIMAÇÃO – HOMEM ou Homem Capitalista
Link: https://www.youtube.com/watch?v=5XqfNmML_V4
Comentário:
O vídeo é na verdade uma crítica ao mundo do consumo exacerbado e destruição da natureza em função do chamado desenvolvimento. Vivemos em uma sociedade globalizada dentro de uma ordem mundial ocidental capitalista. Há um fluxo internacional de bens, pessoas e capitais. De maneira exagerada, o vídeo explicita que todo esse consumo gera uma produção enorme e junto à ela é gerada uma grande quantidade de lixo. Assim, o capitalismo global passa a ser mais uma ferramenta de destruição ambiental e também social, onde quem domina é aquele que possui capital financeiro e os meios de produção, às custas de animais, natureza e pessoas.
2.5 Vídeo “Milton Santos – Por uma outra globalização – Editado para fins didáticos”
Comentário:
O vídeo é na verdade uma crítica ao mundo do consumo exacerbado e destruição da natureza em função do chamado desenvolvimento. Vivemos em uma sociedade globalizada dentro de uma ordem mundial ocidental capitalista. Há um fluxo internacional de bens, pessoas e capitais. De maneira exagerada, o vídeo explicita que todo esse consumo gera uma produção enorme e junto à ela é gerada uma grande quantidade de lixo. Assim, o capitalismo global passa a ser mais uma ferramenta de destruição ambiental e também social, onde quem domina é aquele que possui capital financeiro e os meios de produção, às custas de animais, natureza e pessoas.
2.5 Vídeo “Milton Santos – Por uma outra globalização – Editado para fins didáticos”
Link: https://www.youtube.com/watch?v=KZIJQvy-aFw
Comentário:
O vídeo é uma adaptação do livro “Por uma outra globalização” do geógrafo Milton Santos, figura de grande importância na história do Brasil, o livro trata-se da globalização e de seus efeitos ao redor do mundo. Existe uma divisão proposta pelo autor: a globalização em duas partes, e a globalização das formas como é vista.
O que ele chama de primeira globalização acontece durante as viagens de conquista da América e da África. Em apenas um século, Europeus exterminaram 70 milhões de nativos, demarcaram arbitrariamente seu modo de vida e sua lógica de comércio para facilitas a dominação e o saque de riquezas. Os escravos africanos trazidos pra o Brasil durante o período da escravidão, depois de séculos, ficaram abandonados a própria sorte em terras que não eram as de origem. A segunda globalização começou no início do século XX marcada pela fragmentação dos territórios, pelas revoluções sociais e avanços tecnológicos. O estado de bem-estar social surgiu na Europa e a substituição do humanismo por uma outra corrente de pensamento que incentivam consumo voraz e constante tomaram conta do planeta durante esse período. Nesse novo modelo de mundo, pode-se perceber nitidamente a diferença entre o avanço tecnológico e financeiro do hemisfério norte e do hemisfério sul. Existe uma realidade de dependência dos países de terceiro mundo com relação aos países de primeiro mundo que é cada vez maior.
A globalização pode ser analisada, nesse contexto, de três formas principais. A primeira é a de como querem que vejamos o mundo globalizado, “a globalização como fábula”. O segundo seria o mundo tal como ele é, “globalização como perversidade”. E o terceiro, o mundo como ele pode ser, “por uma outra globalização”.
O vídeo fala sobre a “globalização como perversidade” citando o conselho de Washington, reunião organizada pelo instituto internacional de economia que propôs reformas para os países periféricos retomar o crescimento econômico. Uma espécie de bula com austeridade fiscal, juros altos para atrair investimentos estrangeiros, privatização, tudo em nome da boa administração do setor privado e da incapacidade dos estados. Na verdade, a única crise que se deseja afastar é a crise financeira e não qualquer outra, como a crise da fome, da falta de água, da geração de lixo. Esse tipo de solução para o fim da crise é empurrado a todos os países, com a mesma lógica que convence o mundo de que a globalização, da sua primeira forma, é a mais adequada. Assim todos os países veem como única alternativa. a adoção dessas medidas propostas no Conselho de Washington.
No novo milênio acontece uma completa dolarização da economia na África, nas Américas e na Ásia, prejudicando e causando gigantescas rebeliões em diversos lugares. Economias destruídas em toda a América e governos que perderam o controle e reagiram de forma autoritária, assim dando origem a períodos ditatoriais na América, por exemplo, e sem mostrar crescimento econômico relevante.
As grandes empresas, que se instalaram sobre os diversos territórios no mundo, não tem responsabilidade social e moral sobre tudo, por isso vem desorganizando as separações regionais politicamente, espalhando sedes em todas as partes do mundo. Princialmente, em partes onde não há muita legislação que limite a exploração de trabalho criando situações de exploração e eliminando empregos nos Estados Unidos, país de onde originou a maior parte delas. O desemprego crescente trona-se crônico nesse contexto de globalização e a classes medias perdem qualidade de vida, a fome e o desabrigo tomam conta do mundo. E prevê-se que a sede também será causadora da morte de milhares de indivíduos diariamente no mundo.
Tudo isso é causado pois as grandes empresas veem a água, a comida e a habitação como forma de lucro. Querem continuar lucrando independentemente de haver milhares de pessoas subnutridas pelo mundo, sem abrigo e sem água de qualidade.
Os descendentes dos povos dos países explorados no colonialismo são excluídos de todas as partes positivas da globalização. São proibidos de migrarem até a Europa e América do norte em busca de mais qualidade de vida, mas são quase forçados a uma situação de exploração por empresas que geram lucros destinados ao próprio lugar onde são proibidos de entrar.
A adoção da propriedade privada, os baixos salários aceitos para atrair transnacionais, os altos índices de poluição demonstram o quanto países como a China se dispuseram a abrir mão do seu projeto ideológico em troca do grande sonho da globalização. No vídeo, é apresentado que Milton Santos sugere que se deve recusar categoricamente a situação em que os países ocidentais querem nos condenar. Os colonialistas não pagaram as contas quando tiraram suas bandeiras e forças policiais de nossos territórios. Durante seculos, os capitais estrangeiros se conduziram no mundo subdesenvolvido como verdadeiros criminosos. Os problemas causados na África foram causados por atividades externas, por outros países que não são os próprios países africanos. Os países hemisfericos hoje são governados por sistemas de poder que convencem que não há maior virtude do que imitar e aceitar o que os países ocidentais sugerem como solução pra crise.
2.6 Vídeo “A história das coisas”
Link: https://www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
Hoje, todos estão preocupados com o aquecimento global, mas ninguém parece disposto a dizer que devemos começar a consumir menos. O consumismo esgota os recursos, polui o planeta, envenena humanos, destrói espécies, mantém as pessoas na pobreza e contribui para o aquecimento global.
A necessidade do anti-consumismo não é algo que as pessoas querem ouvir, por isso há necessidade de algo curto, direto e que prenda a atenção das pessoas.
Isso é o que acontece em The Story of Stuff com Annie Leonard. Em apenas 20 minutos, o seu pequeno filme expõe os problemas do consumo de "coisas" e mostra como tudo está ligado: os problemas ambientais, as questões de justiça social e a felicidade em declínio. Além disso, ela mostra como as corporações têm minado o governo no seu papel de proteger o bem comum. Poderia-se pensar que todos entendem essas ideias, mas não; este filme pode ajudar com isso.
Em particular, este curto e incisivo filme é uma ferramenta perfeita para alcançar os jovens. É uma maneira de obter a sua atenção já que os jovens podem vê-lo na Internet e enviar o link para seus amigos. Tem desenhos animados e uma apresentação enérgica e convincente.
Este filme incentiva as pessoas a mudar. Não é tão deprimente, como diz Annie, "Não é como a gravidade com a qual nós apenas temos que viver. Pessoas criam, e nós somos pessoas também. Então, vamos criar algo novo. Vamos começar! "
3. Apresentação de questionamentos e dúvidas a respeito do assunto - Quais as diferenças entre positivismo e neopositivismo?
Comentário:
O vídeo é uma adaptação do livro “Por uma outra globalização” do geógrafo Milton Santos, figura de grande importância na história do Brasil, o livro trata-se da globalização e de seus efeitos ao redor do mundo. Existe uma divisão proposta pelo autor: a globalização em duas partes, e a globalização das formas como é vista.
O que ele chama de primeira globalização acontece durante as viagens de conquista da América e da África. Em apenas um século, Europeus exterminaram 70 milhões de nativos, demarcaram arbitrariamente seu modo de vida e sua lógica de comércio para facilitas a dominação e o saque de riquezas. Os escravos africanos trazidos pra o Brasil durante o período da escravidão, depois de séculos, ficaram abandonados a própria sorte em terras que não eram as de origem. A segunda globalização começou no início do século XX marcada pela fragmentação dos territórios, pelas revoluções sociais e avanços tecnológicos. O estado de bem-estar social surgiu na Europa e a substituição do humanismo por uma outra corrente de pensamento que incentivam consumo voraz e constante tomaram conta do planeta durante esse período. Nesse novo modelo de mundo, pode-se perceber nitidamente a diferença entre o avanço tecnológico e financeiro do hemisfério norte e do hemisfério sul. Existe uma realidade de dependência dos países de terceiro mundo com relação aos países de primeiro mundo que é cada vez maior.
A globalização pode ser analisada, nesse contexto, de três formas principais. A primeira é a de como querem que vejamos o mundo globalizado, “a globalização como fábula”. O segundo seria o mundo tal como ele é, “globalização como perversidade”. E o terceiro, o mundo como ele pode ser, “por uma outra globalização”.
O vídeo fala sobre a “globalização como perversidade” citando o conselho de Washington, reunião organizada pelo instituto internacional de economia que propôs reformas para os países periféricos retomar o crescimento econômico. Uma espécie de bula com austeridade fiscal, juros altos para atrair investimentos estrangeiros, privatização, tudo em nome da boa administração do setor privado e da incapacidade dos estados. Na verdade, a única crise que se deseja afastar é a crise financeira e não qualquer outra, como a crise da fome, da falta de água, da geração de lixo. Esse tipo de solução para o fim da crise é empurrado a todos os países, com a mesma lógica que convence o mundo de que a globalização, da sua primeira forma, é a mais adequada. Assim todos os países veem como única alternativa. a adoção dessas medidas propostas no Conselho de Washington.
No novo milênio acontece uma completa dolarização da economia na África, nas Américas e na Ásia, prejudicando e causando gigantescas rebeliões em diversos lugares. Economias destruídas em toda a América e governos que perderam o controle e reagiram de forma autoritária, assim dando origem a períodos ditatoriais na América, por exemplo, e sem mostrar crescimento econômico relevante.
As grandes empresas, que se instalaram sobre os diversos territórios no mundo, não tem responsabilidade social e moral sobre tudo, por isso vem desorganizando as separações regionais politicamente, espalhando sedes em todas as partes do mundo. Princialmente, em partes onde não há muita legislação que limite a exploração de trabalho criando situações de exploração e eliminando empregos nos Estados Unidos, país de onde originou a maior parte delas. O desemprego crescente trona-se crônico nesse contexto de globalização e a classes medias perdem qualidade de vida, a fome e o desabrigo tomam conta do mundo. E prevê-se que a sede também será causadora da morte de milhares de indivíduos diariamente no mundo.
Tudo isso é causado pois as grandes empresas veem a água, a comida e a habitação como forma de lucro. Querem continuar lucrando independentemente de haver milhares de pessoas subnutridas pelo mundo, sem abrigo e sem água de qualidade.
Os descendentes dos povos dos países explorados no colonialismo são excluídos de todas as partes positivas da globalização. São proibidos de migrarem até a Europa e América do norte em busca de mais qualidade de vida, mas são quase forçados a uma situação de exploração por empresas que geram lucros destinados ao próprio lugar onde são proibidos de entrar.
A adoção da propriedade privada, os baixos salários aceitos para atrair transnacionais, os altos índices de poluição demonstram o quanto países como a China se dispuseram a abrir mão do seu projeto ideológico em troca do grande sonho da globalização. No vídeo, é apresentado que Milton Santos sugere que se deve recusar categoricamente a situação em que os países ocidentais querem nos condenar. Os colonialistas não pagaram as contas quando tiraram suas bandeiras e forças policiais de nossos territórios. Durante seculos, os capitais estrangeiros se conduziram no mundo subdesenvolvido como verdadeiros criminosos. Os problemas causados na África foram causados por atividades externas, por outros países que não são os próprios países africanos. Os países hemisfericos hoje são governados por sistemas de poder que convencem que não há maior virtude do que imitar e aceitar o que os países ocidentais sugerem como solução pra crise.
2.6 Vídeo “A história das coisas”
Hoje, todos estão preocupados com o aquecimento global, mas ninguém parece disposto a dizer que devemos começar a consumir menos. O consumismo esgota os recursos, polui o planeta, envenena humanos, destrói espécies, mantém as pessoas na pobreza e contribui para o aquecimento global.
A necessidade do anti-consumismo não é algo que as pessoas querem ouvir, por isso há necessidade de algo curto, direto e que prenda a atenção das pessoas.
Isso é o que acontece em The Story of Stuff com Annie Leonard. Em apenas 20 minutos, o seu pequeno filme expõe os problemas do consumo de "coisas" e mostra como tudo está ligado: os problemas ambientais, as questões de justiça social e a felicidade em declínio. Além disso, ela mostra como as corporações têm minado o governo no seu papel de proteger o bem comum. Poderia-se pensar que todos entendem essas ideias, mas não; este filme pode ajudar com isso.
Em particular, este curto e incisivo filme é uma ferramenta perfeita para alcançar os jovens. É uma maneira de obter a sua atenção já que os jovens podem vê-lo na Internet e enviar o link para seus amigos. Tem desenhos animados e uma apresentação enérgica e convincente.
Este filme incentiva as pessoas a mudar. Não é tão deprimente, como diz Annie, "Não é como a gravidade com a qual nós apenas temos que viver. Pessoas criam, e nós somos pessoas também. Então, vamos criar algo novo. Vamos começar! "
3. Apresentação de questionamentos e dúvidas a respeito do assunto - Quais as diferenças entre positivismo e neopositivismo?
- De que maneira se relacionam o neoliberalismo, a globalização e o capitalismo?- A globalização é um processo já encerrado ou ainda em andamento?- Quais os principais entraves para a redução das desigualdades surgidas a partir do processo de globalização?
4. Definição dos termos Globalização é o fenômeno ou processo mundial de integração ou partilha de informação, de culturas e de mercados. A partir desta perspectiva, a globalização envolve reduções de barreiras aos contatos transmundiais. As pessoas tornaram-se mais aptas: física, legal e culturalmente e psicologicamente a engajarem-se umas com as outras em um só mundo.
A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo relacionada ao projeto empreendido a partir da transição teórica operada por Descartes, com a ruptura com a tradição herdada - o pensamento medieval dominado pela Escolástica - e o estabelecimento da autonomia da razão, o que teve enormes repercussões sobre a filosofia, a cultura e as sociedades ocidentais.
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Esta escola filosófica defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.
Neopositivismo é um modelo filosófico geral desenvolvido por membros do Círculo de Viena com base no pensamento empírico tradicional e no desenvolvimento da lógica moderna. Restringiu o conhecimento à ciência e utilizou o verificacionismo para rejeitar a Metafísica não como falsa, mas como destituída de significado. A importância da ciência levou neopositivistas proeminentes a estudar o método científico e explorar a lógica da teoria da confirmação.
Superávit primário é o resultado positivo da diferença entre lucros e despesas do governo, excluindo os gastos destinados ao pagamento de juros. Basicamente, é a quantia que o governo consegue economizar. É um dado muito importante, pois é utilizado na previsão da possibilidade de o governo dar calote na dívida ou não. Trazendo para uma realidade mais próxima do cotidiano, quando uma pessoa consegue, com o salário que recebe todo mês, pagar suas despesas daquele período (exceto dívidas) e ainda sobra um pouco, significa que houve superávit primário.
http://economia.estadao.com.br/…/geral,o-que-superavit-prim…
http://g1.globo.com/economia/superavit-o-que-e/platb/
http://www12.senado.leg.br/noti…/entenda-o-assunto/superávit
O desemprego estrutural é aquele provocado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos. Estes novos elementos afetam diversos ramos da economia de um país, causando demissões em massa. Esse tipo de desemprego é caracterizado por mudanças nas tecnologias de produção, como por exemplo, ao inserir robores em montadoras de automóveis ou caixas eletrônicos em bancos, as pessoas que realizavam essas funções acabaram sendo substituídas por tais máquinas. Além disso, algumas profissões, com o passar do tempo se tornam obsoletas, como é o caso dos datilógrafos.
http://brasilescola.uol.com.br/…/diferentes-tipos-desempreg…
http://www.suapesquisa.com/econom…/desemprego_estrutural.html
O termo “sociedade civil globalizada” pode ser entendido como fontes de resistência à globalização e suas consequências no âmbito social. Frequentemente, é associado a um novo sujeito histórico e revolucionário capaz de fazer frente a todas as injustiças e desigualdades do mundo globalizado. A sociedade civil global é muitas vezes referida como a força que equilibra a globalização neoliberal (Taylor, 2004). É apresentada como uma força reformista que desembocará num movimento global, corrigirá as desigualdades inerentes ao sistema de governação global, e atenuará e humanizará a globalização.
http://www.ces.uc.pt/misc/ng.php
http://revista-redes.rediris.es/html-vol12/Vol12_2.html
ONG é uma abreviação para Organização não governamental. As ONG’s são entidades sem fins lucrativos. Estas organizações atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras. O motivo da existencia das ONG’s é atingir os lugares onde os governos são poucos presentes.
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ong.htm
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda. OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas. Uma ONG (Organização Não-Governamental), essencialmente é uma OSCIP, no sentido representativo da sociedade, mas OSCIP trata de uma qualificação dada pelo Ministério da Justiça no Brasil.
http://www.alfabrasil.org.br/oscip
Voluntário é aquele que procede espontaneamente, que deriva de vontade própria.
http://pt.thefreedictionary.com/volunt%C3%A1ria
5. Neoliberalismo:
Origem:
Com o falecimento do liberalismo junto à crise de 1929, os EUA passaram a adotar novas políticas para enfrentar a crise, o keynianismo, onde o New Deal foi implantado. Em 1944 o austríaco Friedrich Hayek lançou o livro “O caminho da servidão”, o considerado manifesto do neoliberalismo. Neste, havia uma analogia entre a social democracia inglesa e o nazismo alemão, defendendo que as limitações aos mecanismos de mercado por parte do Estado levavam ao cerceamento de liberdades econômicas e políticas.
Três anos depois, Hayek convocou uma reunião em Mont Pèlerin (Suíça), na qual participaram intelectuais contrários ao Estado de bem-estar europeu e também os inimigos do New Deal, entre eles o importante economista Milton Friedman. Da reunião, fundou-se a Sociedade de Mont Pèlerin, com o objetivo de difundir ideias que preparassem para um novo capitalismo, duro e livre de regras para o futuro. De início, os ideais neoliberais tiveram pouca repercussão, pois o capitalismo mundial vivia uma fase de auge sem precedentes, entre as décadas de 50 e 60. Foi a partir da Crise do Petróleo, em 1973, que o jogo virou e inúmeros governos passaram a adotar o neoliberalismo. Tais governos como da Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, Chile, Eua.
A partir dos anos 80, o neoliberalismo emergiu como a receita para o desenvolvimento econômico mundial, a partir do que ficou conhecido como "Consenso de Washington", e seus princípios passaram a ser receitados aos países por instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. O período em que a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ficou no poder (1979-1990) é considerado a primeira experiência neoliberal num governo ocidental democrático. A privatização de empresas estatais, a estabilização da moeda, a redução dos impostos e o embate com os sindicatos de trabalhadores estiveram entre suas principais medidas, que depois foram adotadas por vários países.
Dentro do contexto de Guerra Fria, o neoliberalismo também trouxe uma tendência de anticomunismo.
Fundamentos:
Neoliberalismo é uma filosofia econômica e política, baseada no livre comércio, na expansão de mercados e na redução ao mínimo possível da intervenção do estado na economia. Nos fundamentos do pensamento neoliberal, há uma radicalização da ideia de livre iniciativa do liberalismo original e seu conceito central defende que o crescimento econômico é sustentado pela possibilidade dos negócios funcionarem livremente (ou com bastante liberdade).
Características Gerais:
• Mínima participação estatal na economia do país;
• Pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
• Privatização de empresas estatais;
• Livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
• Abertura da economia para a entrada de multinacionais;
• Medidas contra o protecionismo econômico;
• Desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
• Diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
• Contrário aos impostos e tributos excessivos;
• Aumento da produção, para atingir o desenvolvimento econômico;
• Não controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado - a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
• A base da economia deve ser formada por empresas privadas;
• Defesa dos princípios econômicos do capitalismo.
Resultados:
Em resumo, temos o seguinte resultado geral para o projeto neoliberal dos EUA:
• A parcela dos salários na renda total decresceu a partir de 1980;
• Os salários reais de 80% dos empregados decresceu enquanto sua produtividade cresceu enormemente;
• A parcela de lucros totais segue sua tendência de crescimento positivo;
• A parcela de lucros retidos pelas corporações privadas segue sua tendência negativa. O mesmo ocorre com a taxa de acumulação de capital fixo;
• Uma parcela crescente da renda nacional dirige-se para o pagamento de juros e dividendos.
6. Com os movimentos sociais em rede estamos caminhando para um novo modelo de participação cidadã? Um modelo de democracia participativa?
A internet permitiu o surgimento de uma nova forma de comunicação e de transmissão de ideias entre as pessoas. Entre suas inúmeras vantagens, as redes sociais permitem que qualquer pessoa possa expressar sua opinião sobre determinados assuntos, inclusive mobilizar grupos de pessoas que compartilhem da mesma opinião ou que estejam abertas a discussões e debates.
Uma pessoa pode dizer o que pensa sobre qualquer assunto e isso gera algumas consequências, como surgimento de discurso de ódio e intolerância e divulgação massiva de informações falsas. Por exemplo, pessoas que, por estarem protegidas pelo anonimato da internet ou estarem prepotentes por acreditarem poder dizer qualquer coisa, cometem crimes de discurso de ódio, são preconceituosos e intolerantes. Além disso, boatos e fofocas se espalham muito facilmente pela internet, já que as informações chegam a muitas pessoas muito rápido e, as vezes, sem nenhuma fonte que comprove algum embasamento. Algumas medidas já foram tomadas para tentar evitar esse tipo de problema. Em muitos países, incluindo o Brasil, já existe uma legislação da internet que permite que pessoas que cometem crimes em rede podem ser punidas, como em casos de ameaças de violência, racismo, entre outras coisas.
Além disso, nas redes existe muita manipulação. Os sites são montados baseados em algorítimos que fazem com que só chegue pra você informações que você provavelmente gostaria de ver. Por exemplo, se você pesquisa muitos temas de estudos do ensino médio, as principais abas de sites as ferramentas de pesquisa vão abrir pra você é conteúdo de nível médio, propagandas de cursos pré-vestibular e escolas. A internet é baseada nessa lógica. Portanto, as informações que chegam até as pessoas são muito filtradas, não é visto muitas variedade de conteúdo diferente daquilo que é da preferência do usuário.
Um fato é que, de qualquer forma, é possível de se encontrar todo tipo de informação que se deseja na internet com fontes confiáveis ou não, e isso é uma das grandes vantagens da rede: todos podem se informar, todos podem opinar. Mas também é importante ressaltar que as discussões que acontecem na internet não tem muita oficialidade na hora de tomada de decisões políticas. Por exemplo, existem milhares de grupos em redes sociais debatendo sobre legalização do aborto, porém por mais que um número muito relevante de pessoas concordem com a legalização, isso não necessariamente pode acarretar em uma mudança na legislação do país, pois na internet não existe o poder de fazer discussões oficiais. Todos podem opinar, porém mudanças efetivas acontecem por processos diferentes dos que acontecem em redes.
Mas ainda uma questão sobre todas essas. Dados apontam que, apenas em 2016, o Brasil conseguiu atingir 50% da população com acesso à internet. Ou seja, mesmo que aconteçam discussões, ainda se exclui metade da população e quando se exclui tantas pessoas perde o caráter de democracia. Para as pessoas que tem acesso à internet, existe uma democracia participativa, onde todos tem o mesmo direito de opinar. Mas ainda não são muitas as pessoas que tem esse poder.
Estamos caminhando para um novo modelo político de participação cidadã, mas que ainda tem muito a se desenvolver. É uma excelente forma de incluir as pessoas, cada pessoa sendo a representante da sua própria opinião, porém isso tem que ser regulamentado para evitar violência e discurso de ódio. Não pode haver tanta manipulação de informação que os usuários recebem e, principalmente, para ser democracia, todos precisam ter acesso.Equipe:Beatriz de Lima Roman
Gabriela Beatriz Paiva Lozano
Manuela Reis Casellatto
Vinicius Tadeu Ikeda de Faria
4. Definição dos termos Globalização é o fenômeno ou processo mundial de integração ou partilha de informação, de culturas e de mercados. A partir desta perspectiva, a globalização envolve reduções de barreiras aos contatos transmundiais. As pessoas tornaram-se mais aptas: física, legal e culturalmente e psicologicamente a engajarem-se umas com as outras em um só mundo.
A modernidade costuma ser entendida como um ideário ou visão de mundo relacionada ao projeto empreendido a partir da transição teórica operada por Descartes, com a ruptura com a tradição herdada - o pensamento medieval dominado pela Escolástica - e o estabelecimento da autonomia da razão, o que teve enormes repercussões sobre a filosofia, a cultura e as sociedades ocidentais.
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Esta escola filosófica defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos.
Neopositivismo é um modelo filosófico geral desenvolvido por membros do Círculo de Viena com base no pensamento empírico tradicional e no desenvolvimento da lógica moderna. Restringiu o conhecimento à ciência e utilizou o verificacionismo para rejeitar a Metafísica não como falsa, mas como destituída de significado. A importância da ciência levou neopositivistas proeminentes a estudar o método científico e explorar a lógica da teoria da confirmação.
Superávit primário é o resultado positivo da diferença entre lucros e despesas do governo, excluindo os gastos destinados ao pagamento de juros. Basicamente, é a quantia que o governo consegue economizar. É um dado muito importante, pois é utilizado na previsão da possibilidade de o governo dar calote na dívida ou não. Trazendo para uma realidade mais próxima do cotidiano, quando uma pessoa consegue, com o salário que recebe todo mês, pagar suas despesas daquele período (exceto dívidas) e ainda sobra um pouco, significa que houve superávit primário.
http://economia.estadao.com.br/…/geral,o-que-superavit-prim…
http://g1.globo.com/economia/superavit-o-que-e/platb/
http://www12.senado.leg.br/noti…/entenda-o-assunto/superávit
O desemprego estrutural é aquele provocado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos. Estes novos elementos afetam diversos ramos da economia de um país, causando demissões em massa. Esse tipo de desemprego é caracterizado por mudanças nas tecnologias de produção, como por exemplo, ao inserir robores em montadoras de automóveis ou caixas eletrônicos em bancos, as pessoas que realizavam essas funções acabaram sendo substituídas por tais máquinas. Além disso, algumas profissões, com o passar do tempo se tornam obsoletas, como é o caso dos datilógrafos.
http://brasilescola.uol.com.br/…/diferentes-tipos-desempreg…
http://www.suapesquisa.com/econom…/desemprego_estrutural.html
O termo “sociedade civil globalizada” pode ser entendido como fontes de resistência à globalização e suas consequências no âmbito social. Frequentemente, é associado a um novo sujeito histórico e revolucionário capaz de fazer frente a todas as injustiças e desigualdades do mundo globalizado. A sociedade civil global é muitas vezes referida como a força que equilibra a globalização neoliberal (Taylor, 2004). É apresentada como uma força reformista que desembocará num movimento global, corrigirá as desigualdades inerentes ao sistema de governação global, e atenuará e humanizará a globalização.
http://www.ces.uc.pt/misc/ng.php
http://revista-redes.rediris.es/html-vol12/Vol12_2.html
ONG é uma abreviação para Organização não governamental. As ONG’s são entidades sem fins lucrativos. Estas organizações atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras. O motivo da existencia das ONG’s é atingir os lugares onde os governos são poucos presentes.
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/ong.htm
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda. OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas. Uma ONG (Organização Não-Governamental), essencialmente é uma OSCIP, no sentido representativo da sociedade, mas OSCIP trata de uma qualificação dada pelo Ministério da Justiça no Brasil.
http://www.alfabrasil.org.br/oscip
Voluntário é aquele que procede espontaneamente, que deriva de vontade própria.
http://pt.thefreedictionary.com/volunt%C3%A1ria
5. Neoliberalismo:
Origem:
Com o falecimento do liberalismo junto à crise de 1929, os EUA passaram a adotar novas políticas para enfrentar a crise, o keynianismo, onde o New Deal foi implantado. Em 1944 o austríaco Friedrich Hayek lançou o livro “O caminho da servidão”, o considerado manifesto do neoliberalismo. Neste, havia uma analogia entre a social democracia inglesa e o nazismo alemão, defendendo que as limitações aos mecanismos de mercado por parte do Estado levavam ao cerceamento de liberdades econômicas e políticas.
Três anos depois, Hayek convocou uma reunião em Mont Pèlerin (Suíça), na qual participaram intelectuais contrários ao Estado de bem-estar europeu e também os inimigos do New Deal, entre eles o importante economista Milton Friedman. Da reunião, fundou-se a Sociedade de Mont Pèlerin, com o objetivo de difundir ideias que preparassem para um novo capitalismo, duro e livre de regras para o futuro. De início, os ideais neoliberais tiveram pouca repercussão, pois o capitalismo mundial vivia uma fase de auge sem precedentes, entre as décadas de 50 e 60. Foi a partir da Crise do Petróleo, em 1973, que o jogo virou e inúmeros governos passaram a adotar o neoliberalismo. Tais governos como da Inglaterra, Alemanha, Dinamarca, Chile, Eua.
A partir dos anos 80, o neoliberalismo emergiu como a receita para o desenvolvimento econômico mundial, a partir do que ficou conhecido como "Consenso de Washington", e seus princípios passaram a ser receitados aos países por instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. O período em que a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ficou no poder (1979-1990) é considerado a primeira experiência neoliberal num governo ocidental democrático. A privatização de empresas estatais, a estabilização da moeda, a redução dos impostos e o embate com os sindicatos de trabalhadores estiveram entre suas principais medidas, que depois foram adotadas por vários países.
Dentro do contexto de Guerra Fria, o neoliberalismo também trouxe uma tendência de anticomunismo.
Fundamentos:
Neoliberalismo é uma filosofia econômica e política, baseada no livre comércio, na expansão de mercados e na redução ao mínimo possível da intervenção do estado na economia. Nos fundamentos do pensamento neoliberal, há uma radicalização da ideia de livre iniciativa do liberalismo original e seu conceito central defende que o crescimento econômico é sustentado pela possibilidade dos negócios funcionarem livremente (ou com bastante liberdade).
Características Gerais:
• Mínima participação estatal na economia do país;
• Pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
• Privatização de empresas estatais;
• Livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
• Abertura da economia para a entrada de multinacionais;
• Medidas contra o protecionismo econômico;
• Desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
• Diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
• Contrário aos impostos e tributos excessivos;
• Aumento da produção, para atingir o desenvolvimento econômico;
• Não controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado - a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
• A base da economia deve ser formada por empresas privadas;
• Defesa dos princípios econômicos do capitalismo.
Resultados:
Em resumo, temos o seguinte resultado geral para o projeto neoliberal dos EUA:
• A parcela dos salários na renda total decresceu a partir de 1980;
• Os salários reais de 80% dos empregados decresceu enquanto sua produtividade cresceu enormemente;
• A parcela de lucros totais segue sua tendência de crescimento positivo;
• A parcela de lucros retidos pelas corporações privadas segue sua tendência negativa. O mesmo ocorre com a taxa de acumulação de capital fixo;
• Uma parcela crescente da renda nacional dirige-se para o pagamento de juros e dividendos.
6. Com os movimentos sociais em rede estamos caminhando para um novo modelo de participação cidadã? Um modelo de democracia participativa?
A internet permitiu o surgimento de uma nova forma de comunicação e de transmissão de ideias entre as pessoas. Entre suas inúmeras vantagens, as redes sociais permitem que qualquer pessoa possa expressar sua opinião sobre determinados assuntos, inclusive mobilizar grupos de pessoas que compartilhem da mesma opinião ou que estejam abertas a discussões e debates.
Uma pessoa pode dizer o que pensa sobre qualquer assunto e isso gera algumas consequências, como surgimento de discurso de ódio e intolerância e divulgação massiva de informações falsas. Por exemplo, pessoas que, por estarem protegidas pelo anonimato da internet ou estarem prepotentes por acreditarem poder dizer qualquer coisa, cometem crimes de discurso de ódio, são preconceituosos e intolerantes. Além disso, boatos e fofocas se espalham muito facilmente pela internet, já que as informações chegam a muitas pessoas muito rápido e, as vezes, sem nenhuma fonte que comprove algum embasamento. Algumas medidas já foram tomadas para tentar evitar esse tipo de problema. Em muitos países, incluindo o Brasil, já existe uma legislação da internet que permite que pessoas que cometem crimes em rede podem ser punidas, como em casos de ameaças de violência, racismo, entre outras coisas.
Além disso, nas redes existe muita manipulação. Os sites são montados baseados em algorítimos que fazem com que só chegue pra você informações que você provavelmente gostaria de ver. Por exemplo, se você pesquisa muitos temas de estudos do ensino médio, as principais abas de sites as ferramentas de pesquisa vão abrir pra você é conteúdo de nível médio, propagandas de cursos pré-vestibular e escolas. A internet é baseada nessa lógica. Portanto, as informações que chegam até as pessoas são muito filtradas, não é visto muitas variedade de conteúdo diferente daquilo que é da preferência do usuário.
Um fato é que, de qualquer forma, é possível de se encontrar todo tipo de informação que se deseja na internet com fontes confiáveis ou não, e isso é uma das grandes vantagens da rede: todos podem se informar, todos podem opinar. Mas também é importante ressaltar que as discussões que acontecem na internet não tem muita oficialidade na hora de tomada de decisões políticas. Por exemplo, existem milhares de grupos em redes sociais debatendo sobre legalização do aborto, porém por mais que um número muito relevante de pessoas concordem com a legalização, isso não necessariamente pode acarretar em uma mudança na legislação do país, pois na internet não existe o poder de fazer discussões oficiais. Todos podem opinar, porém mudanças efetivas acontecem por processos diferentes dos que acontecem em redes.
Mas ainda uma questão sobre todas essas. Dados apontam que, apenas em 2016, o Brasil conseguiu atingir 50% da população com acesso à internet. Ou seja, mesmo que aconteçam discussões, ainda se exclui metade da população e quando se exclui tantas pessoas perde o caráter de democracia. Para as pessoas que tem acesso à internet, existe uma democracia participativa, onde todos tem o mesmo direito de opinar. Mas ainda não são muitas as pessoas que tem esse poder.
Estamos caminhando para um novo modelo político de participação cidadã, mas que ainda tem muito a se desenvolver. É uma excelente forma de incluir as pessoas, cada pessoa sendo a representante da sua própria opinião, porém isso tem que ser regulamentado para evitar violência e discurso de ódio. Não pode haver tanta manipulação de informação que os usuários recebem e, principalmente, para ser democracia, todos precisam ter acesso.Equipe:Beatriz de Lima Roman
Gabriela Beatriz Paiva Lozano
Manuela Reis Casellatto
Vinicius Tadeu Ikeda de Faria
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