TEXTO 1:
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/as-redes-sociais-digitais-necessidade-ou-vicio-8jnamnfke5oj65eam8x5a3d5a
Com o advento dos aparelhos móveis e a ampliação dos recursos dos celulares, a expansão da internet se dá de forma assustadora e seu uso passa de esporádico para instantâneo. Essa evolução, ao fortalecer o paradigma de “computador onde a pessoa se encontra, a qualquer hora e lugar”, referindo-se aos aparelhos móveis, modifica também comportamentos como o chamado “vício eletrônico”.
Antes, a expressão indicava o vício das pessoas que não conseguiam se deligar de seus computadores para entrar nas redes sociais, jogar, fazer comentários ou verificar o que está sendo postado. Hoje, a situação se torna mais complexa e alarmante. Basta observar ao redor: pessoas caminhando e usando celular; pessoas em bares e restaurantes que não interagem com outras pessoas, mas com seus aparelhos. Crianças e adolescentes conectados o tempo todo. Adultos usando aparelhos de comunicação em festas e cerimônias formais. Imagens sendo postadas e divulgadas em cada momento. O chamado vício agora se irradia: as pessoas podem acessar suas informações em qualquer lugar e horário, pois carregam os aparelhos consigo.
Ao lado dos inúmeros serviços ofertados na internet, tais como a realização de pesquisas, serviços bancários, serviços públicos e a comercialização de produtos e serviços, entre outros, encontra-se uma forma de comunicação via redes sociais, que se tornou parte do dia a dia das pessoas em todo o mundo. O próprio conceito de redes sociais é antigo e indica a integração de pessoas que têm um objetivo comum e se comunicam para compartilhar ideias ou realizar ações conjuntas. No caso das redes sociais digitais, essa comunicação se dá por meio de uma tecnologia, que fornece acesso por meio de diversos tipos de aparelhos (celulares, tablets etc).
Cada vez mais atraentes, as redes sociais são utilizadas também pelas empresas na promoção de seus bens e serviços, com base no perfil dos usuários e seus interesses. Há uma estrutura para capturar as informações via redes sociais e transformá-las em conteúdo para marketing e propaganda, para captar novos clientes ou garantir os existentes.
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Percebe-se, entretanto, que as redes sociais digitais possuem um tempo de vida útil. A rede social digital mais utilizada, atualmente, começa a apresentar desgaste devido ao uso de “correntes”, pensamentos de autores que nem sempre são verídicos, comentários pagos por partidos políticos e excesso de propagandas de empresas na comercialização de seus produtos e serviços. Essas informações descaracterizam o que inicialmente seria utilizado para que as pessoas se comunicassem.
Além dos problemas psicológicos de vício e isolamento social que estão sendo estudados, não se pode negligenciar outros itens no quesito saúde, devido à radiação e ao contato direto com os aparelhos, que trazem problemas como diminuição da visão, tendinite, dor nas costas, má postura e ansiedade, entre outros.
Destaca-se, por sua vez, o lado fantástico dessa tecnologia que possibilita comunicação em tempo real, com fotos, imagens e comentários, o que pode aproximar as pessoas e colocá-las a par dos acontecimentos familiares, de relacionamentos e de acontecimentos de interesse público, mesmo a longa distância. Inclusive comenta-se que as pessoas nunca escreveram ou leram tanto como após o advento das tecnologias de informação e comunicação. Não vamos entrar aqui no mérito do que e de como se escreve, o que tem se tornado preocupação dos professores e professoras de Língua Portuguesa pela qualidade duvidosa e pelos incontáveis erros de escrita que circulam pela internet.
Enfim, devemos aprender a dosar o uso das novas tecnologias de comunicação para que seus benefícios possam ser aproveitados de maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com liberdade e não como escravidão e dominação.
Tania Tait, professora associada do Departamento de Informática da Universidade Estadual de Maringá, é coautora do livro Aspectos Sociais da Informática.
RESUMO:
Basta pensar que há poucos anos, o maior atrativo tecnológico eram os computadores e as maiores preocupações estavam na saúde dos usuários por passarem grande parte do dia sentada em frente ao computador, buscando atualizar suas redes sociais, formas de interações através de jogos, e descobrindo novas redes sociais. Hoje em dia são os celulares e dispositivos moveis que desvirtuam a atenção de coisas mais importantes.
Infelizmente o vício de não conseguir se desligar nem por um momento de seus dispositivos móveis tem acarretados sérios problemas como: psicológicos de vícios e isolamento social, (já que cada vez mais cedo as crianças se apegam e começam a mexer em dispositivos móveis), e também sério riscos à saúde provocado pela radiação e ao contato direto com os aparelhos, causando problemas de saúde.
Por outro lado, não da para ignorar as vantagens e o lado fantástico dessa tecnologia que possibilidade comunicação em tempo real, compartilhamento de imagens, fotos, comentários, grupos de interação, uso de ferramentas em beneficio da educação entre outras coisas.
Fala-se que nunca se escreveu e leu tanto como nos dias de hoje, pois o acesso a matérias do interesse de cada usuário é cada vez mais fácil de ser acessado independente de qual sejam esses conteúdos.
Sabe-se que existem cada vez mais pessoas viciadas em redes sociais, principalmente, como já destacado, por estarem disponíveis em celulares e tablets, que podem ser levados para qualquer lugar, com acesso a todo e qualquer momento.
Por isso é importante saber dosar o uso dessas tecnologias de comunicação, para que seus benefícios possam ser usados de forma consciente, e principalmente ter um cuidado em relação às crianças, que estão crescendo e interagindo cada vez menos com outras crianças. Interações pessoas serão sempre importantes para os seres humanos, a tecnologia precisa ser vista como uma ferramenta de apoio, comodidade e facilidade e não como escravidão e dominação.
TEXTO 2:
1. INTRODUÇÃO A internet vem consolidando-se cada vez mais como uma das principais tecnologias existentes. Este crescimento rápido deve-se muito às empresas fornecedoras de banda larga. As pessoas estão cada vez mais ligadas a ela, pois muitas trabalham, atualizam-se (leitura de notícias) e se comunicam (sites de relacionamento) através dela. As empresas e o avanço tecnológico existente fazem com que seja fortalecida cada vez mais essa relação de pessoa e internet. Segundo Afonso, Nas últimas décadas surgiram novas formas de comunicação social, lazer e entretenimento onde a participação de pessoas do mundo inteiro dá origem a uma nova geração, a geração C. C de conhecimento, colaboração e conectividade. Através de um computador ligado à rede, as tecnologias da informação deixam ao alcance de todos um mundo ilimitado, recheado de ambientes (reais ou virtuais) extremamente rico em informações (2009, p. 19). As páginas de redes sociais, hoje em dia, são sites acessados frequentemente; essas páginas vêm crescendo rapidamente, e a cada dia mais usuários estão se cadastrando e usando-as. Os sites mais conhecidos são Facebook, Orkut, Twitter e Linkedin. Esse interesse pelas redes sociais tem chamado a atenção de estudiosos das mídias e das relações sociais, que têm observado como elas influenciam as formas de comunicação, o relacionamento interpessoal e a própria identidade pessoal. Nesse sentido, este trabalho irá aborda as redes sociais e as formas de utilização destas no mundo contemporâneo de modo a mostrar algumas das formas como a rotina dos seres humanos é por elas afetada.
2. REDES SOCIAIS: DEFINIÇÃO As redes sociais são meios de comunicação que vêm crescendo cada vez mais, ocupando seu espaço no mundo tecnológico e real. Não existe uma explicação exata para o motivo de tanto sucesso dessas ferramentas de comunicação. Para Afonso, as redes sociais são um tema a ser analisado, devido ao seu grande desenvolvimento e disseminação entre as pessoas: Com o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, principalmente aquelas promovidas pelo advento da Internet, emergem em nossa sociedade novas formas de relação, comunicação e organização das atividades humanas, entre elas, merecem destaque o estudo de redes sociais virtuais (Ibidem, p. 29). Para Recuero (2009, p. 104) uma das pesquisadoras brasileiras mais conhecidas por seus estudos sobre as redes sociais na área de Ciências Humanas e Sociais, uma rede social define-se da seguinte forma: Sites de redes sociais propriamente ditos são aqueles que compreendem a categoria dos sistemas focados em expor e publicar as redes sociais dos atores. São sites cujo foco principal está na exposição pública das redes conectadas aos atores, ou seja, cuja finalidade está relacionada à publicação dessas redes. Os atores a que a citação acima se refere são as pessoas que se expõem em redes sociais, mostrando seu perfil pessoal ou profissional, suas preferências e seus gostos, a fim de se “conectar” com outras pessoas. Já em relação à comunidade virtual que é criada a partir das redes sociais, Koo escreve: [...] é constituída, de pessoas agregadas em redor de um grupo de temas, assuntos ou características, cujo vínculo é estabelecido não presencialmente. Devido às facilidades proporcionadas pela internet e à comunicabilidade digital, ela tem sido a principal forma pela qual os relacionamentos são criados, cultivados e mantidos (2006, p.49). As redes sociais podem ser usadas para diferentes funções, dentre elas divertimento, procura de amigos com mesmo perfil, procura de empregos etc. Esta penúltima função, citada anteriormente, está sendo utilizada pelas empresas para ajudar nos processos seletivos, para promover o “primeiro contato” com o candidato, configurando-se a primeira impressão, feita através da procura do seu perfil nas principais ferramentas de comunicação. Segundo Afonso (2009, p. 29), as redes sociais têm sido usadas para fins que grande parte das pessoas nem imaginam: A comunicação em rede tem sido explorada como instrumento de ativação de movimentos sociais e culturais como a luta dos direitos humanos, feministas, ambientalistas, etc. Na educação, a participação em comunidades virtuais de debate e argumentação encontra um campo fértil a ser explorado. Através dessa complexidade de funções, percebese que as redes sociais virtuais são canais de grande fluxo na circulação de informação, vínculos, valores e discursos sociais, que vêm ampliando, delimitando e mesclando territórios. Entre desconfiados e entusiásticos, o fato é que as redes sociais virtuais são convites para se repensar as relações em tempos pós-modernos. Considerando as afirmações de Afonso, deve-se lembrar o importante papel que as redes sociais tiveram recentemente na articulação dos movimentos políticos contra ditaduras que se estenderam por décadas em países do Oriente Médio e do Norte da África. Na Tunísia, Egito, Síria, Bahrein, Líbia, entre outros, foi através das redes sociais que os rebeldes conseguiram se unir na expressão dos desejos de liberdade e mudança nas estruturas políticas autoritárias, marcando protestos que tomaram as ruas, levando à derrubada de líderes que se mantinham no poder há anos, como no Egito e na Líbia. De um modo geral, as principais funções de uma rede social para Kaufman são “1) Conectar os indivíduos todo o tempo e em todo lugar; 2) Disponibilizar conteúdo 3) Compartilhar informações, decisões, conteúdos, etc. 4) Customizar tudo que o usuário quiser” (2010, p. 51). Ao certo, estas características citadas, conforme o desenvolvimento que apresentam, são as responsáveis por atrair os usuário, ainda mais se fornecerem fácil acesso através dos diversos dispositivos móveis disponíveis atualmente no mercado, como smartphones, notebooks e tablets. 3. HISTÓRICO DAS REDES SOCIAIS O conceito de redes sociais, não é novo como algumas pessoas imaginam. Conforme Wellman (1996 apud KIEHNE, 2004, p. 213), uma das primeiras ferramentas consideradas redes sociais foram os “E-mail lists and bulletin board systems (BBS)”, que surgiram na década de 1970, a fim de realizar a interação online dos usuários. Nelas as pessoas criavam um “pseudônimo” para manter uma relação com as outras pessoas. Segundo Kiehne (2004), no ano de 1979 surgiram as ferramentas Usenet e Internet Relay Chat (IRC), que seguiam o conceito de mensagens, no qual as pessoas se agrupavam por interesses em comum. Mas para que estas ferramentas funcionassem era necessária a conexão com a rede e um software em comum para todos os usuários. Conforme Teixeira (1997), a Usenet formava um grupo de discussão com a troca de mensagens. Esses grupos eram organizados hierarquicamente, por tópicos e subtópicos; já a IRC conhecida como o local de bate-papos da Internet, possibilitava manter uma conversa sobre um determinado assunto com uma pessoa ou um grupo de pessoas espalhados no mundo. No ano de 1996, foram criados os primeiros programas de mensagens instantâneas (aplicativos como AOL Instant Messenger e ICQ). Segundo Huang & Yen (2003 apud KIEHNE, 2004, p. 3) e Nardi (2000 apud KIEHNE, 2004, p. 3),estas ferramentas possuíam um ambiente de chat onde havia trocas de mensagens em tempo real. Ambas as ferramentas mantinham listas de pessoas com as quais o usuário se comunicava ou mantinha alguma relação, seja de amizade ou de interesses em comum. Esta ferramenta já possuía algumas opções novas, como a de adicionar ou restringir algum usuário e realizar um “multi-chat” no qual havia a conversa de 3 ou mais usuários em um mesmo bate-papo.. Com o sucesso dos programas de mensagens instantâneas, em paralelo foram desenvolvidos aplicativos que funcionassem junto a eles. Segundo Mnookin (1996 apud KIEHNE, 2004, p. 3), foi criado o conceito de domínio de multiusuários de jogos, baseados em textos, que incentivava a relação de experimentação de identidade, comunidade e relações pessoais. Mas, na verdade, nenhum dos programas de IM focava a relação entre as pessoas. Com o passar dos anos e o sucesso de ferramentas de comunicação online, foi se fortalecendo o termo rede. Segundo Ryze (2001 apud KIEHNE, 2004, p. 7), o Ryze foi criado como um modelo de redes sociais para a atuação na área comercial, cujo principal foco era reunir pessoas com os mesmos interesses relacionados a trabalho. Foi nesse momento que surgiu o termo “network”, para cujo cadastro eram pedidas informações como qual o emprego do usuário, o que ele procurava na rede e quais os outros tipos de informações que ele poderia compartilhar com os outros usuários. Todo o conteúdo da ferramenta, só poderia ser visualizado por usuários já cadastrados; o mesmo valia para as “comunidades” onde havia a discussão ou troca de informações sobre um determinado assunto que apenas os usuários pertencentes a essas comunidades poderiam ver e participar delas. Nos anos seguintes, surgiram cada vez mais redes sociais com diferentes objetivos. Conforme Kiehne (2004), foi criado o Friendster, que era uma rede na qual mostravam-se os dados pessoais, interesses (hobby e gostos) e fotos através do perfil na rede. Para Boyd (2004), o Friendster foi criado para competir com os sites de namoros online. Ele não tinha o objetivo de marcar encontros, mas sim manter as relações de amizade da pessoa. Logo em seguida surgiu a ferramenta Tribe.net, cuja diferença entre o Ryze e o Frindster era o conjunto de pessoas que havia dentro das “tribos”, ou seja, nada mais do que aquilo que viriam a ser comunidades online, que são organizadas em categorias e eventos. Para Kiehne (2004), esta ferramenta diferenciava-se em relação ao compartilhamento de informações pessoais e profissionais, pois conseguia definir quais eram os usuários e quais informações cada um poderia visualizar do seu perfil. No ano de 2003, surgiu o Myspace, uma rede social com novas funcionalidades, entre elas a customização dos perfis, que oferecia fotos, vídeos, lista de amigos, entre outras funções. Conforme Costa (2010), o Myspace tinha por objetivo realizar o compartilhamento de música, cultura e divulgação de bandas, pois havia o espaço para os usuários cadastrados realizarem downloads de músicas e vídeos de perfis (bandas) de que gostassem. O sucesso e a procura por esta rede foi tão grande, que em 2007, segundo Thelwall (2008), o Myspace ultrapassou o Google como o site mais visitado em todo o mundo. No ano seguinte, em janeiro de 2004, foi lançado o Orkut, uma rede pertencente ao Google. Para Afonso, suas características são: Através do Orkut pode-se criar um perfil, adicionar referências pessoais, inserir fotografias, adicionar amigos, participar em comunidades (como moderador ou participante), enviar recados para os amigos, escrever depoimentos, obter informações através dos dispositivos de busca, fóruns e comunidades, realizar surveys com os participantes, entre muitas outras possibilidades (2009, p.41). Pode-se dizer que o Orkut foi a rede social com mais sucesso no Brasil até o momento da chegada do Facebook. No mesmo ano, em fevereiro, Mark Zuckerberg criou o Facebook, uma rede social feita primeiramente para alunos da Faculdade de Harvard, nos Estados Unidos, se comunicarem entre si e que foi se expandindo muito rapidamente por outros países. Nela não há um layout sofisticado, mas sim de fácil visualização com páginas consideradas “limpas” (porque não faz a publicação de várias propagandas). O Facebook tem o objetivo de qualquer outra rede social, ou seja, manter as pessoas “conectadas”. Afonso traz a seguinte definição: O Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus amigos e àqueles com quem trabalham, estudam e convivem. As pessoas participam do Facebook para manter contato com seus amigos, carregar um número ilimitado de fotos, compartilharem links e vídeos e aprender mais sobre as pessoas que conhecem (2009, p.43). Outro ponto importante do Facebook é a parte de privacidade, pois todas as informações que se encontram nos perfis dos usuários podem ser gerenciadas através de regras que possibilitam defini-los com permissão de visualizar estas informações. Em outubro de 2006, foi lançada outra rede social, o Twitter. Com proposta diferenciada, seu objetivo são trocas de mensagens rápidas entre os usuários, ferramenta esta que logo se tornou sucesso no mundo inteiro. Para o autor Rufino o twitter “é um micro-blogging, ou seja, um blog limitado, que permite a publicação de apenas 140 caracteres. É uma proposta de trocar informações e noticiar o que acontece em poucas palavras” (2009, p.11). Pode-se perceber com estas informações que a ideia de rede social vem tomando novas configurações conforme o tempo. Com o passar dos anos, os meios de comunicação interpessoal pela internet se expandiram, originando redes sociais, com foco e público alvo específicos, isto é, cada vez mais elas passaram a atender as necessidades que os indivíduos têm de se comunicarem, se exibirem e se relacionarem.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sendo este um trabalho em andamento, ainda há uma longa discussão a ser realizada, especialmente focada nas características que têm tornado o Facebook cada vez mais atraente, chegando a ultrapassar uma rede que alcançou grande popularidade, como é o caso do Orkut. As redes sociais se tornaram um fenômeno de comunicação que atinge pessoas de diferentes classes sociais, faixas etárias, graus de escolaridade e identidades culturais. Portanto, é importante entender esse fenômeno cada vez mais presente na vida dos seres humanos, não só para mostrar como elas surgiram e identificar as principais características nelas existentes, mas também para revelar o que as torna tão atrativas e qual o seu lugar na vida das pessoas na sociedade contemporânea. Como as redes sociais estão amplamente disseminadas, é relevante observar o modo como as pessoas se relacionam com elas e dentro delas. Isso evidenciará como esse tipo de relacionamento afetou a rotina e a configuração das identidades pessoais nos últimos anos.
Resumo: É iminente o crescimento das redes sociais na era digital; elas são meios de comunicação utilizados pelas pessoas para manterem relações umas com as outras, além de serem utilizadas para entretenimento próprio. As primeiras ferramentas criadas foram os “E-mail lists” e “Bulletin Board Systems (BBS)” que surgiram na década de 1970. Ao longo dos anos foram surgindo novas redes sociais, com diferentes interfaces e características. Podemos citar a grande evolução que houve desde as primeiras redes criadas para as que são mais usadas recentemente, como por exemplo, o caso do Facebook. Nas primeiras redes sociais havia apenas a troca de mensagem entre os usuários, já nas atuais, existe a exposição de perfis com informações pessoais, fotos, além de formas de comunicação bem mais abrangentes. Mas existem algumas dúvidas relacionadas a este assunto. Até quando elas vão continuar crescendo em ritmo tão rápido? Qual a influência delas na vida pessoal? Alguém vai criar outra rede social de tanto sucesso quanto o Facebook? Até onde irá o sucesso desses tipos de sites? Estas são questões que nortearão a escrita deste trabalho.
RESUMO:
É iminente o crescimento das redes sociais na era digital; elas são meios de comunicação utilizados pelas pessoas para manterem relações umas com as outras, além de serem utilizadas para entretenimento próprio. As primeiras ferramentas criadas foram os “E-mail lists” e “Bulletin Board Systems (BBS)” que surgiram na década de 1970. Ao longo dos anos foram surgindo novas redes sociais, com diferentes interfaces e características. Podemos citar a grande evolução que houve desde as primeiras redes criadas para as que são mais usadas recentemente, como por exemplo, o caso do Facebook. Nas primeiras redes sociais havia apenas a troca de mensagem entre os usuários, já nas atuais, existe a exposição de perfis com informações pessoais, fotos, além de formas de comunicação bem mais abrangentes. Mas existem algumas dúvidas relacionadas a este assunto. Até quando elas vão continuar crescendo em ritmo tão rápido? Qual a influência delas na vida pessoal? Alguém vai criar outra rede social de tanto sucesso quanto o Facebook? Até onde irá o sucesso desses tipos de sites? Estas são questões que nortearão a escrita deste trabalho.
IMAGEM 2:
1. INTRODUÇÃO A internet vem consolidando-se cada vez mais como uma das principais tecnologias existentes. Este crescimento rápido deve-se muito às empresas fornecedoras de banda larga. As pessoas estão cada vez mais ligadas a ela, pois muitas trabalham, atualizam-se (leitura de notícias) e se comunicam (sites de relacionamento) através dela. As empresas e o avanço tecnológico existente fazem com que seja fortalecida cada vez mais essa relação de pessoa e internet. Segundo Afonso, Nas últimas décadas surgiram novas formas de comunicação social, lazer e entretenimento onde a participação de pessoas do mundo inteiro dá origem a uma nova geração, a geração C. C de conhecimento, colaboração e conectividade. Através de um computador ligado à rede, as tecnologias da informação deixam ao alcance de todos um mundo ilimitado, recheado de ambientes (reais ou virtuais) extremamente rico em informações (2009, p. 19). As páginas de redes sociais, hoje em dia, são sites acessados frequentemente; essas páginas vêm crescendo rapidamente, e a cada dia mais usuários estão se cadastrando e usando-as. Os sites mais conhecidos são Facebook, Orkut, Twitter e Linkedin. Esse interesse pelas redes sociais tem chamado a atenção de estudiosos das mídias e das relações sociais, que têm observado como elas influenciam as formas de comunicação, o relacionamento interpessoal e a própria identidade pessoal. Nesse sentido, este trabalho irá aborda as redes sociais e as formas de utilização destas no mundo contemporâneo de modo a mostrar algumas das formas como a rotina dos seres humanos é por elas afetada.
2. REDES SOCIAIS: DEFINIÇÃO As redes sociais são meios de comunicação que vêm crescendo cada vez mais, ocupando seu espaço no mundo tecnológico e real. Não existe uma explicação exata para o motivo de tanto sucesso dessas ferramentas de comunicação. Para Afonso, as redes sociais são um tema a ser analisado, devido ao seu grande desenvolvimento e disseminação entre as pessoas: Com o desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, principalmente aquelas promovidas pelo advento da Internet, emergem em nossa sociedade novas formas de relação, comunicação e organização das atividades humanas, entre elas, merecem destaque o estudo de redes sociais virtuais (Ibidem, p. 29). Para Recuero (2009, p. 104) uma das pesquisadoras brasileiras mais conhecidas por seus estudos sobre as redes sociais na área de Ciências Humanas e Sociais, uma rede social define-se da seguinte forma: Sites de redes sociais propriamente ditos são aqueles que compreendem a categoria dos sistemas focados em expor e publicar as redes sociais dos atores. São sites cujo foco principal está na exposição pública das redes conectadas aos atores, ou seja, cuja finalidade está relacionada à publicação dessas redes. Os atores a que a citação acima se refere são as pessoas que se expõem em redes sociais, mostrando seu perfil pessoal ou profissional, suas preferências e seus gostos, a fim de se “conectar” com outras pessoas. Já em relação à comunidade virtual que é criada a partir das redes sociais, Koo escreve: [...] é constituída, de pessoas agregadas em redor de um grupo de temas, assuntos ou características, cujo vínculo é estabelecido não presencialmente. Devido às facilidades proporcionadas pela internet e à comunicabilidade digital, ela tem sido a principal forma pela qual os relacionamentos são criados, cultivados e mantidos (2006, p.49). As redes sociais podem ser usadas para diferentes funções, dentre elas divertimento, procura de amigos com mesmo perfil, procura de empregos etc. Esta penúltima função, citada anteriormente, está sendo utilizada pelas empresas para ajudar nos processos seletivos, para promover o “primeiro contato” com o candidato, configurando-se a primeira impressão, feita através da procura do seu perfil nas principais ferramentas de comunicação. Segundo Afonso (2009, p. 29), as redes sociais têm sido usadas para fins que grande parte das pessoas nem imaginam: A comunicação em rede tem sido explorada como instrumento de ativação de movimentos sociais e culturais como a luta dos direitos humanos, feministas, ambientalistas, etc. Na educação, a participação em comunidades virtuais de debate e argumentação encontra um campo fértil a ser explorado. Através dessa complexidade de funções, percebese que as redes sociais virtuais são canais de grande fluxo na circulação de informação, vínculos, valores e discursos sociais, que vêm ampliando, delimitando e mesclando territórios. Entre desconfiados e entusiásticos, o fato é que as redes sociais virtuais são convites para se repensar as relações em tempos pós-modernos. Considerando as afirmações de Afonso, deve-se lembrar o importante papel que as redes sociais tiveram recentemente na articulação dos movimentos políticos contra ditaduras que se estenderam por décadas em países do Oriente Médio e do Norte da África. Na Tunísia, Egito, Síria, Bahrein, Líbia, entre outros, foi através das redes sociais que os rebeldes conseguiram se unir na expressão dos desejos de liberdade e mudança nas estruturas políticas autoritárias, marcando protestos que tomaram as ruas, levando à derrubada de líderes que se mantinham no poder há anos, como no Egito e na Líbia. De um modo geral, as principais funções de uma rede social para Kaufman são “1) Conectar os indivíduos todo o tempo e em todo lugar; 2) Disponibilizar conteúdo 3) Compartilhar informações, decisões, conteúdos, etc. 4) Customizar tudo que o usuário quiser” (2010, p. 51). Ao certo, estas características citadas, conforme o desenvolvimento que apresentam, são as responsáveis por atrair os usuário, ainda mais se fornecerem fácil acesso através dos diversos dispositivos móveis disponíveis atualmente no mercado, como smartphones, notebooks e tablets. 3. HISTÓRICO DAS REDES SOCIAIS O conceito de redes sociais, não é novo como algumas pessoas imaginam. Conforme Wellman (1996 apud KIEHNE, 2004, p. 213), uma das primeiras ferramentas consideradas redes sociais foram os “E-mail lists and bulletin board systems (BBS)”, que surgiram na década de 1970, a fim de realizar a interação online dos usuários. Nelas as pessoas criavam um “pseudônimo” para manter uma relação com as outras pessoas. Segundo Kiehne (2004), no ano de 1979 surgiram as ferramentas Usenet e Internet Relay Chat (IRC), que seguiam o conceito de mensagens, no qual as pessoas se agrupavam por interesses em comum. Mas para que estas ferramentas funcionassem era necessária a conexão com a rede e um software em comum para todos os usuários. Conforme Teixeira (1997), a Usenet formava um grupo de discussão com a troca de mensagens. Esses grupos eram organizados hierarquicamente, por tópicos e subtópicos; já a IRC conhecida como o local de bate-papos da Internet, possibilitava manter uma conversa sobre um determinado assunto com uma pessoa ou um grupo de pessoas espalhados no mundo. No ano de 1996, foram criados os primeiros programas de mensagens instantâneas (aplicativos como AOL Instant Messenger e ICQ). Segundo Huang & Yen (2003 apud KIEHNE, 2004, p. 3) e Nardi (2000 apud KIEHNE, 2004, p. 3),estas ferramentas possuíam um ambiente de chat onde havia trocas de mensagens em tempo real. Ambas as ferramentas mantinham listas de pessoas com as quais o usuário se comunicava ou mantinha alguma relação, seja de amizade ou de interesses em comum. Esta ferramenta já possuía algumas opções novas, como a de adicionar ou restringir algum usuário e realizar um “multi-chat” no qual havia a conversa de 3 ou mais usuários em um mesmo bate-papo.. Com o sucesso dos programas de mensagens instantâneas, em paralelo foram desenvolvidos aplicativos que funcionassem junto a eles. Segundo Mnookin (1996 apud KIEHNE, 2004, p. 3), foi criado o conceito de domínio de multiusuários de jogos, baseados em textos, que incentivava a relação de experimentação de identidade, comunidade e relações pessoais. Mas, na verdade, nenhum dos programas de IM focava a relação entre as pessoas. Com o passar dos anos e o sucesso de ferramentas de comunicação online, foi se fortalecendo o termo rede. Segundo Ryze (2001 apud KIEHNE, 2004, p. 7), o Ryze foi criado como um modelo de redes sociais para a atuação na área comercial, cujo principal foco era reunir pessoas com os mesmos interesses relacionados a trabalho. Foi nesse momento que surgiu o termo “network”, para cujo cadastro eram pedidas informações como qual o emprego do usuário, o que ele procurava na rede e quais os outros tipos de informações que ele poderia compartilhar com os outros usuários. Todo o conteúdo da ferramenta, só poderia ser visualizado por usuários já cadastrados; o mesmo valia para as “comunidades” onde havia a discussão ou troca de informações sobre um determinado assunto que apenas os usuários pertencentes a essas comunidades poderiam ver e participar delas. Nos anos seguintes, surgiram cada vez mais redes sociais com diferentes objetivos. Conforme Kiehne (2004), foi criado o Friendster, que era uma rede na qual mostravam-se os dados pessoais, interesses (hobby e gostos) e fotos através do perfil na rede. Para Boyd (2004), o Friendster foi criado para competir com os sites de namoros online. Ele não tinha o objetivo de marcar encontros, mas sim manter as relações de amizade da pessoa. Logo em seguida surgiu a ferramenta Tribe.net, cuja diferença entre o Ryze e o Frindster era o conjunto de pessoas que havia dentro das “tribos”, ou seja, nada mais do que aquilo que viriam a ser comunidades online, que são organizadas em categorias e eventos. Para Kiehne (2004), esta ferramenta diferenciava-se em relação ao compartilhamento de informações pessoais e profissionais, pois conseguia definir quais eram os usuários e quais informações cada um poderia visualizar do seu perfil. No ano de 2003, surgiu o Myspace, uma rede social com novas funcionalidades, entre elas a customização dos perfis, que oferecia fotos, vídeos, lista de amigos, entre outras funções. Conforme Costa (2010), o Myspace tinha por objetivo realizar o compartilhamento de música, cultura e divulgação de bandas, pois havia o espaço para os usuários cadastrados realizarem downloads de músicas e vídeos de perfis (bandas) de que gostassem. O sucesso e a procura por esta rede foi tão grande, que em 2007, segundo Thelwall (2008), o Myspace ultrapassou o Google como o site mais visitado em todo o mundo. No ano seguinte, em janeiro de 2004, foi lançado o Orkut, uma rede pertencente ao Google. Para Afonso, suas características são: Através do Orkut pode-se criar um perfil, adicionar referências pessoais, inserir fotografias, adicionar amigos, participar em comunidades (como moderador ou participante), enviar recados para os amigos, escrever depoimentos, obter informações através dos dispositivos de busca, fóruns e comunidades, realizar surveys com os participantes, entre muitas outras possibilidades (2009, p.41). Pode-se dizer que o Orkut foi a rede social com mais sucesso no Brasil até o momento da chegada do Facebook. No mesmo ano, em fevereiro, Mark Zuckerberg criou o Facebook, uma rede social feita primeiramente para alunos da Faculdade de Harvard, nos Estados Unidos, se comunicarem entre si e que foi se expandindo muito rapidamente por outros países. Nela não há um layout sofisticado, mas sim de fácil visualização com páginas consideradas “limpas” (porque não faz a publicação de várias propagandas). O Facebook tem o objetivo de qualquer outra rede social, ou seja, manter as pessoas “conectadas”. Afonso traz a seguinte definição: O Facebook é uma rede social que reúne pessoas a seus amigos e àqueles com quem trabalham, estudam e convivem. As pessoas participam do Facebook para manter contato com seus amigos, carregar um número ilimitado de fotos, compartilharem links e vídeos e aprender mais sobre as pessoas que conhecem (2009, p.43). Outro ponto importante do Facebook é a parte de privacidade, pois todas as informações que se encontram nos perfis dos usuários podem ser gerenciadas através de regras que possibilitam defini-los com permissão de visualizar estas informações. Em outubro de 2006, foi lançada outra rede social, o Twitter. Com proposta diferenciada, seu objetivo são trocas de mensagens rápidas entre os usuários, ferramenta esta que logo se tornou sucesso no mundo inteiro. Para o autor Rufino o twitter “é um micro-blogging, ou seja, um blog limitado, que permite a publicação de apenas 140 caracteres. É uma proposta de trocar informações e noticiar o que acontece em poucas palavras” (2009, p.11). Pode-se perceber com estas informações que a ideia de rede social vem tomando novas configurações conforme o tempo. Com o passar dos anos, os meios de comunicação interpessoal pela internet se expandiram, originando redes sociais, com foco e público alvo específicos, isto é, cada vez mais elas passaram a atender as necessidades que os indivíduos têm de se comunicarem, se exibirem e se relacionarem.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sendo este um trabalho em andamento, ainda há uma longa discussão a ser realizada, especialmente focada nas características que têm tornado o Facebook cada vez mais atraente, chegando a ultrapassar uma rede que alcançou grande popularidade, como é o caso do Orkut. As redes sociais se tornaram um fenômeno de comunicação que atinge pessoas de diferentes classes sociais, faixas etárias, graus de escolaridade e identidades culturais. Portanto, é importante entender esse fenômeno cada vez mais presente na vida dos seres humanos, não só para mostrar como elas surgiram e identificar as principais características nelas existentes, mas também para revelar o que as torna tão atrativas e qual o seu lugar na vida das pessoas na sociedade contemporânea. Como as redes sociais estão amplamente disseminadas, é relevante observar o modo como as pessoas se relacionam com elas e dentro delas. Isso evidenciará como esse tipo de relacionamento afetou a rotina e a configuração das identidades pessoais nos últimos anos.
Resumo: É iminente o crescimento das redes sociais na era digital; elas são meios de comunicação utilizados pelas pessoas para manterem relações umas com as outras, além de serem utilizadas para entretenimento próprio. As primeiras ferramentas criadas foram os “E-mail lists” e “Bulletin Board Systems (BBS)” que surgiram na década de 1970. Ao longo dos anos foram surgindo novas redes sociais, com diferentes interfaces e características. Podemos citar a grande evolução que houve desde as primeiras redes criadas para as que são mais usadas recentemente, como por exemplo, o caso do Facebook. Nas primeiras redes sociais havia apenas a troca de mensagem entre os usuários, já nas atuais, existe a exposição de perfis com informações pessoais, fotos, além de formas de comunicação bem mais abrangentes. Mas existem algumas dúvidas relacionadas a este assunto. Até quando elas vão continuar crescendo em ritmo tão rápido? Qual a influência delas na vida pessoal? Alguém vai criar outra rede social de tanto sucesso quanto o Facebook? Até onde irá o sucesso desses tipos de sites? Estas são questões que nortearão a escrita deste trabalho.
RESUMO:
É iminente o crescimento das redes sociais na era digital; elas são meios de comunicação utilizados pelas pessoas para manterem relações umas com as outras, além de serem utilizadas para entretenimento próprio. As primeiras ferramentas criadas foram os “E-mail lists” e “Bulletin Board Systems (BBS)” que surgiram na década de 1970. Ao longo dos anos foram surgindo novas redes sociais, com diferentes interfaces e características. Podemos citar a grande evolução que houve desde as primeiras redes criadas para as que são mais usadas recentemente, como por exemplo, o caso do Facebook. Nas primeiras redes sociais havia apenas a troca de mensagem entre os usuários, já nas atuais, existe a exposição de perfis com informações pessoais, fotos, além de formas de comunicação bem mais abrangentes. Mas existem algumas dúvidas relacionadas a este assunto. Até quando elas vão continuar crescendo em ritmo tão rápido? Qual a influência delas na vida pessoal? Alguém vai criar outra rede social de tanto sucesso quanto o Facebook? Até onde irá o sucesso desses tipos de sites? Estas são questões que nortearão a escrita deste trabalho.
IMAGEM 2:
TEXTO 3:
" Sociedade em Rede e Cidadania" por Caio Sperandéo de Macedo
Baseado no trabalhos de Manuel Castells e Gustavo Cardoso , nesse trabalho , o autor ira disserta sobre o papel fundamental da novas e antigas redes de comunicação na formação da sociedade em que estamos inseridos e como essa nova dinâmica de troca de informações influenciaria todos os âmbitos da vida do individuo pôs contemporâneo nos diversos aspectos econômicos , políticos e sociais.
A sociedade em rede, em termos simples, é uma estrutura social baseada em redes operadas por tecnologias de comunicação e informação fundamentadas na microeletrônica e em redes digitais de computadores que geram, processam e distribuem informação a partir de conhecimento acumulado nos nós dessas redes. As redes permitem uma transformação tão veloz na maneira em que o mundo se inter-relaciona, que ate os intelectuais estão tendo dificuldade de acompanhar e aceitar essas transicoes.Alguns autores ate apontam essa novo forma de organização social como nociva para a sociedade , mencionando os problemas gerados pela introdução das redes como a destruição de mepregos devido as novas inovações técnicas , o isolamento causado pelo uso excessivo da tecnologia , a exclusão dos menos favorecidos do conhecimento, a desumanização da técnica e o crescimento do terrorismo articulado , que se utiliza da internet como principal canal comunicativo.A sociedade em rede está diretamente relacionada com o processo de globalização, com a formação de uma rede de redes globais que ligam seletivamente, em todo o planeta, encampando todas as dimensões funcionais da sociedade.
Sobre as redes de governança , o autor analisa o papel dessa nova malha da informação nas relações politicas entre as nações. Com a formação de uma rede global ligando todo o planeta , os estados deixaram de funcionar apenas em contexto nacional , mas em contexto global , já que a interdependência politica entre os estados se tornou cada vez mais forte.Embora um "governo global" não seja uma alternativa viável por causa da divergência histórica e cultural de cada localidade. Os governos estão tendo que encontrar maneiras de gerirem conjuntamente assuntos que são de interesse mundial , como o combate ao terrorismo , desenvolvimento de arma nucleares, degradação do meio ambiente , etc.Isso causa como efeito uma grande relativização da sua soberania , a fim de possibilitar a resolução desses problemas.
As redes também são instrumentos vitais para a economia capitalista.A troca de informações pelas redes permite também uma maior flexibilidade e adaptabilidade do sistema financeiro. Isso permite um fluxo de capital continuo entre os mais diversos setores da economia , construindo e desconstruindo constantemente tendências , alterando preços e oscilando índices econômicos numa velocidade nunca antes vista pela antiga forma de capitalismo.Como o acumulo de capital esta diretamente relacionado com o poder , isso causa uma mudança dramática nas relações de poder.As conexões entre redes tornam-se as fontes fundamentais da formação, orientação e desorientação das sociedades. Essa base econômica em redes define os processos sociais predominantes de uma nação, consequentemente dando forma à própria estrutura social dela.
Sobre o imediatismo dos investimento o autor cita:
"Na era do capitalismo em rede e do imediatismo das operações eletrônicas junto aos mercados globais em tempo real, observamos a um aprofundamento da destinação das riquezas produzidas pelas demais atividades econômicas serem revertidas para o setor financeiro(especulativo), que as investe, reinveste, empresta, compra e aplica tais recursos em aplicações financeiras atraentes ao redor do mundo em busca de maior lucro; tendo por certo que onde uns ganham a maioria perde, conforme a sorte ou infortúnio do jogador..."
Sobre a sua relevância social , o autor cita que as redes podem ser usadas pela população como uma ferramenta de integração e participação dos cidadãos para permitir maior interação politica e pratica da cidadania.Uma característica desse tipo de sociedade e a ampliação desse espaço de comunicação midiático , criando assim maior relacionamento entre instituições e organizações e , consequentemente entre as pessoas que os copoem.Isso e fundamental na formação da consciência e da opinião pessoal e coletiva , tendo assim impactos diretamente no processo de decisão politica. O autor cita o conceito concebido por Manuel Castells e "comunicação de massa auto comandada" para citar o poder de difusão de informação através das redes de novas tecnologias de comunicação e chamando à atenção para a marcante característica de que a comunicação opera à margem dos canais institucionais e governamentais que a sociedade normalmente usa.Ele cita também a explosão de blogs, vlogs e redes sociais para elucidar como as pessoas hoje podem hoje se comunicar sem precisarem utilizar um canal de comunicação criado pelas suas instituições governamentais.
Ele comenta que as novas medias não são excludentes as antigas. Todas elas se complementam , pois cada individuo possui acesso a vários veículos de comunicação diferentes , e pode se utilizar de todos para interagir com o mundo e se informar.
Para concluir o autor alerta que para que esses meios sejam efetivos para o exercício da cidadania e necessário que eles estejam livres da influencia governamental direta. A utilização destes amplos meios de comunicação e informação pelos poderes instituídos e por partidos políticos pode também ser desvirtuada para mera propaganda, como instrumento de publicidade, renegando direitos de cidadania da sociedade a fim de servir como instrumento de cooptação da vontade do eleitor.Gustavo Cardoso cita a seguinte frase em um trecho de seu trabalho:
"onde há mobilidade social, a internet converte-se num instrumento dinâmico de troca social, onde há burocratização política e política estritamente midiática de representação dos cidadãos, a internet é simplesmente um painel de anúncios."
Por fim , " Sociedade em Rede e Cidadania" nos faz refletir sobre todos os impactos dessa nova era da informacao , e mostra claramente como esse novo panorama mundial molda o mode em que estamos nos organizamos e nos relacionamos hoje em todas as atividade humanas.
Referencia :
http://ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13851&revista_caderno=9
RESUMO:
“Sociedade em Rede: cultura, globalização e formas
Colaborativas”, de Regina Helena Alves da Silva
As redes mostram que vivemos em um mundo no qual é impossível dizer onde começa a dimensão técnica da realidade cotidiana e onde começa a dimensão social.
Em suma, a autora caracteriza as redes sociais atuais, como a nossa identidade é construída e como a globalização e os novos meios de comunicação mudaram esse processo, fazendo com que a interação com outros ou até desconhecidos seja importante no processo de identificação. Além disso, ela fala um pouco sobre a cultura, a globalização e exalta a importância da comunicação para manter na globalização, as identidades culturais e o respeito à diversidade.(...)”
A autora também fala sobre as redes colaborativas, onde é exaltada a importância da manutenção da cidadania cultural do indivíduo.
“(...)
Projetos culturais têm adotado a forma de redes como maneira organizativa capaz de promover interações entre as várias células, que podem estar interligadas de diversas maneiras. O alcance dos resultados esperados através do funcionamento das redes depende da configuração implementada, capaz de produzir a troca de informações e a articulação para a realização de objetivos comuns. A estrutura das redes deve promover a participação dos indivíduos e instituições que a compõem em relações horizontais e colaborativas. Esses sistemas reticulares, construídos através de deliberações gestadas e tomadas de maneira participativa, constituem agregações de tipo comunitário, ou seja, identificam-se com comunidades, sejam elas presenciais ou virtuais, podendo congregar indivíduos, grupos locais, regionais, nacionais e internacionais. Assim, a expansão das redes pode ser resultado de conexões com outras redes, garantindo as operações independentes de cada célula (nós ou links), a descentralização do processo decisório, através de multilideranças, e a capilarização dos propósitos e ações comuns. Conciliada a essas possibilidades de proposições autônomas, a criação de produtos culturais através de redes torna-se um processo de experimentação artística e intelectual coletiva e abre espaço para a diversidade cultural explicitando manifestações populares muito mais amplas e multifacetadas. (...)”
Link para o texto:
https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&cad=rja&uact=8&ved=0CDcQFjAEahUKEwikh_y52cLIAhWFjJAKHZ_ZDAI&url=http%3A%2F%2Fwww.bocc.ubi.pt%2Fpag%2Fsilva-regina-sociedade-em-rede.pdf&usg=AFQjCNFT-_lvDdUYUZArICPX-9YUvN8pvg&sig2=6RIUStwP2xOg8z8DePhlag
IMAGEM 3:
VÍDEOS:
“Redes Sociais "Mídias Digitais" Networking”
https://www.youtube.com/watch?v=dkpHUyV_Tic
“Café Filosófico: Mundo virtual - Relações humanas, demasiado humanas – Parte 1”
https://www.youtube.com/watch?v=oQ027lRAGtI
https://www.youtube.com/watch?v=oQ027lRAGtI
“TEDTalks: Nicholas Christakis - A influência oculta das redes sociais”
https://www.youtube.com/watch?v=NK8CFLR5zO8
https://www.youtube.com/watch?v=NK8CFLR5zO8
Equipe:
MARCOS
RIBEIRO MARQUES JR
MARÍLIA
NERES BUENO DE OLIVEIR
MICHEL
RIBEIR
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